O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL) em reunião com vereadores, propôs uma solução temporária para os ambulantes que ocupam irregularmente a Avenida 13 de Junho. Abilio afirmou à imprensa que a administração municipal oferecerá bancas no Shopping Orla do Porto por um período de três meses, enquanto busca uma solução definitiva para a situação. No entanto, enfatizou que a medida não visa premiar a ocupação ilegal de calçadas.
"Não estamos querendo estimular que eles tenham o direito de ocupar uma banca porque invadiu uma calçada para vender um produto no centro. Não é assim, senão vai premiar quem começar a invadir as calçadas", declarou Brunini.
Ele ressaltou que a transferência para o Shopping Orla é uma solução provisória, até que os ambulantes possam realizar uma transição para outros locais e modalidades de negócio.
O prefeito também alertou que existem ações do Ministério Público em andamento e que a prefeitura não pode permitir a continuidade da ocupação irregular das calçadas.
Brunini revelou que muitos ambulantes não demonstraram interesse em se mudar para o shopping, já que o principal foco é o fluxo de pessoas na Avenida 13 de Junho. Além disso, a prefeitura investiga a existência de um distribuidor que estaria financiando a atividade dos ambulantes, fornecendo produtos como roupas e roupas íntimas.
"Se você observar, muitas das bancas é a mesma roupa, é a mesma calça, é a mesma roupa íntima. Existe um distribuidor que alimenta toda aquela avenida ali, que sai distribuindo os produtos ali", afirmou o prefeito. Ele destacou a concorrência desleal com os comerciantes locais, citando o exemplo de bancas de roupas em frente a lojas como a Marisa.
A prefeitura de Cuiabá busca, com a medida, organizar o comércio ambulante na região central da cidade, garantindo o direito de ir e vir dos pedestres e combatendo a concorrência desleal com os comerciantes locais.
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A ação faz parte do Programa "Ambulantes em Ordem" e visa garantir o cumprimento das normas urbanísticas e a reorganização das atividades comerciais informais em espaços públicos, conforme recomendação do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT)