Por Felipe Freire, Jefferson Monteiro, Bom Dia Rio
Foto-Farol da Bahia
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Ernane, o 3º mais votado nas eleições do ano passado, é suspeito de oferecer suporte logístico e operacional à facção em troca de benefícios financeiros e eleitorais. Áudios e mensagens obtidos pelos investigadores indicam que ele teria fornecido maquinário e estrutura para a construção de barricadas em Vilar dos Teles, dificultando o acesso das forças de segurança e de serviços públicos às comunidades.
O delegado Vinícius Miranda afirmou ter identificado “uma clara troca de favores”. “Não só de favores, o que piora a situação. Houve o uso aparente de um bem público contra o povo, para erguer barricadas”, afirmou.
Na casa de Ernane, agentes apreenderam cerca de R$ 50 mil em espécie.
“Não tivemos acesso aos autos ainda. É uma imputação grave, que foi elencada contra o vereador. Mas ele está tranquilo, e vamos fazer toda a defesa em juízo”, disseram os advogados Daniel Mattos e Márcio Roubadel, que fazem a defesa do vereador.
Já a Câmara de Meriti declarou que “acompanha a situação envolvendo o parlamentar com responsabilidade e respeito aos trâmites legais”. “Ressaltamos que qualquer fato relacionado a agentes públicos deve ser analisado com cautela e dentro do devido processo.”
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Ernane Aleixo (PL), vereador de São João de Meriti, foi preso na Operação Muro de Favores — Foto: Reprodução/TV Globo
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Dinheiro apreendido na casa de Ernane Aleixo — Foto: Reprodução
Mandados
Agentes saíram para cumprir 8 mandados de prisão e 36 de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Criminal de Meriti. A ação foi deflagrada pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) e integra a estratégia Barricada Zero, do governo do estado.
De acordo com as investigações, o TCP mantinha uma rede de “favores” envolvendo políticos locais para garantir o controle de áreas da Baixada Fluminense, como as comunidades Trio de Ouro (Meriti), Guacha e Santa Tereza (Belford Roxo). Há indícios de que Ernane também negociava vagas de emprego em hospital da região em troca de apoio político.
O núcleo investigado era chefiado por Marlon Henrique da Silva, o Pagodeiro, preso no ano passado e braço direito do traficante Geonário Fernandes Pereira Moreno, o Genaro, chefe do TCP na região. Pagodeiro confessou ter matado 3 vítimas, incluindo uma mulher, durante um confronto com facção rival há 2 anos.
Nesta terça, outra presa foi Luciana Adelia Theofilo, mulher de Pagodeiro.
A operação busca desarticular a estrutura hierárquica e financeira do TCP, removendo barricadas e retomando o controle do Estado em comunidades da região.
Ainda segundo a Polícia Civil, o núcleo investigado atuava em crimes como tráfico de drogas, homicídios, extorsão de comerciantes e lavagem de dinheiro.
















