Em áudio divulgado nas redes sociais, o traficante Bruno Silva Souza, conhecido como Tiriça, uma das lideranças do Comando Vermelho (CV), determina um toque de recolher para os moradores da região do Campinho e de Madureira, no Rio. Na mensagem, o criminoso ameaçar aqueles que descumprirem a rega: “Vou matar”.
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No áudio, Tiriça diz: “Todos os mototáxis que são infiltrados, fechamento dos polícia (sic) aí, dos mandados(sic) que nós estamos ligados na pista. Sai da pista, não quero mototáxi nenhum funcionando. Quero todos os mototáxis fechados, ninguém trabalhando nas regiões de Campinho e Madureira.”
O traficante completa: “Quem estiver trabalhando, fazendo visão, eu vou matar, entendeu? Vocês foram lá na comunidade, esculacharam, tacaram fogo no carro de morador, entendeu? Progresso nenhum. Então, resumindo, sobra para morador, né, mano? Não vai ficar nessa com vocês, não. Ó, toque de recolher! Não quero ninguém na pista.”
Para finalizar, o criminoso fica ainda mais ameaçador. “Quem estiver na pista é envolvido. Não quero ninguém na pista, entendeu, mano? Ai, Campinho, não quero ninguém na pista. Mototáxi, não quero ninguém na pista. Fecha essa p… toda, é guerra de quadrilha. Vocês querem ficar nessa, esculachando morador, esculachando menos favorecido? Não tem papo, não, ó: pode fechar tudo, lacra tudo aí. Não quero ninguém na pista. Quem *nós pegar nós vai chutar igual cachorro na pista, hein?”
O motivo da revolta seria uma investiga da facção rival, o Terceiro Comando Puro (TCP), no Morro do Divino, supostamente a mando do traficante Wallace Brito Trindade, o Lacoste. Os rivais teriam rasurado o grafite em homenagem ao líder do CV Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso. O TCP também teria colocado fogo em carros de moradores.
Bruno é apontado como um dos principais líderes do tráfico na Praça Seca e no Complexo da Penha. Segundo investigações, ele ganhou notoriedade dentro da facção por enfraquecer financeiramente e eliminar grupos milicianos que atuavam na região.
De acordo com um relatório da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), Tiriça ocupa o cargo de gerente do tráfico e é responsável pela produção de artefatos explosivos utilizados pela organização criminosa. A ele teria sido confiada a chefia do tráfico de drogas na Praça Seca por ordem de Doca, o Urso, um dos líderes do CV.