Os cabos da Polícia Militar presos por participação no roubo a uma agência da Sicredi em Brasnorte (588 km de Cuiabá), no dia 31 de julho, foram identificados como Anderson de Amaral Rodrigues e Alan Carvalho da Silva. Os dois foram presos em flagrante e tiveram as prisões homologadas pelo juiz Laio Portes Sthel durante audiência de custódia.
Para homologar a prisão, o juiz pontuou a existência de materialidade e indícios suficientes de autoria. Os cabos são suspeitos de facilitarem a fuga dos assaltantes.
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Através da análise de câmeras de monitoramento do programa Vigia Mais MT, as autoridades comprovaram que houve um atraso de cerca de 35 segundos entre a saída do carro usado pelos criminosos, uma caminhonete Hilux e a da viatura policial, o que poderia ser considerado aceitável.
No entanto, ao longo dos 1.800 metros de trajeto entre a agência e a saída da cidade, esse intervalo aumentou para cerca de cinco minutos.
Outro fator determinante foi a vantagem de tempo obtida pelos criminosos durante a fuga. A diferença de cinco minutos, a uma velocidade média de 120 km/h, representa uma distância de cerca de 10 quilômetros, o suficiente para inviabilizar qualquer perseguição eficaz.
Os militares foram afastados e têm as condutas apuradas pela Corregedoria-Geral da PM.
O CRIME
O delegado Suede Dias Júnior relatou, em coletiva de imprensa, que o roubo foi planejado com 20 dias de antecedência e contou com apoio de Fabrício e outro empresário de Brasnorte. No entanto, a movimentação para a efetivação do crime começou no dia 29 de julho, quando o bando roubou uma caminhonete Hilux.
Os criminosos esconderam o veículo em uma região de mata fechada, onde ficou por cerca de 24h, usando uma técnica conhecida como ‘resfriamento’.
Ou seja, os bandidos deixam o carro roubado parado para confirmar a inexistência de rastreador. Como no dia seguinte a caminhonete ainda estava no mesmo local onde foi abandonada, o grupo presumiu que a Hilux não tinha rastreador e prosseguiram com o roubo na agência bancária.
Após tocarem o terror durante o assalto, os suspeitos fugiram levando dois reféns e seguiram sentido ao município de Juína (743 km de Cuiabá). Lá, libertaram os prisioneiros e voltaram para Brasnorte. Posteriormente, seguiram para a cidade de Vilhena, em Rondônia. Os policiais conseguiram chegar até a localização dos suspeitos, em um hotel do município.
Contudo, um dos recepcionistas estava em conluio com os criminosos e os avisou sobre a presença das autoridades. Dessa forma, eles conseguiram fugir para uma casa. Em diligências, as forças de segurança conseguiram encontrar o imóvel em que os suspeitos estavam abrigados. Na residência, seis homens foram presos.
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