O Comandante-Geral da Polícia Militar de Mato Grosso, Cláudio Fernando Carneiro Tinoco, determinou que os policiais militares Jorge Rodrigo Martins, Leandro Cardoso, Wailson Alesandro Medeiros Ramos e Wekcerlley Benevides de Oliveira sejam afastados do cargo. A medida foi publicada no Diário Oficial de Mato Grosso (Iomat), nesta quinta-feira (24) e passa a valer na sexta-feira (25).
O afastamento leva em consideração uma decisão cautelar da 11ª Vara Criminal e é válida até quando perdurar a decisão judicial. Os policiais também perderam o porte de arma de fogo.
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A deliberação é referente à simulação de um confronto policial que culminou na morte de Walteir Lima Cabral e na tentativa de homicídio de Pedro Elias Santos Silva e Jhuan Maxmiliano de Oliveira Matsuo Soma, no dia 12 de julho de 2024.
A farsa tinha o objetivo de encobrir o homicídio do advogado Renato Gomes Nery, morto aos 72 anos, praticado 12 dias antes, em 5 de julho de 2024. O jurista foi assassinado pelo caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva por intermediação do também militar, Heron Teixeira Pena Vieira, utilizando uma pistola Glock com adaptador de automação, isto é, adaptada para tiros em rajada.
Os militares também criaram um grupo no Whatsapp chamado ‘Gol branco’, o que para as autoridades, são indícios do envolvimento desses agentes.
O CRIME
Renato Gomes Nery foi baleado em frente ao seu escritório de advocacia localizado na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá, na manhã de 5 de julho. Ele foi encaminhado para um hospital particular, foi submetido a um procedimento cirúrgico, mas não resistiu e morreu na manhã do dia seguinte.
Com o avanço das investigações, a Polícia Civil descobriu o envolvimento dos policiais, que também são suspeitos de integrar um ‘grupo de extermínio’.
O casal de empresários de Primavera do Leste (235 km de Cuiabá), Julinere Goulart Bentos e Cesar Jorge Sechi, estão presos e são apontados como mandantes do homicídio, motivado por uma disputa de terras na região do Araguaia.
Recentemente, a Justiça aceitou a denúncia proposta pelo Ministério Público e eles se tornaram réus no processo que investiga a execução do advogado.
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