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Nove prisões

Operação da PF atinge núcleo bilionário do Faraó dos Bitcoins no DF

Ao todo, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e nove prisões preventivas

Administração

 

Metrópoles
 

Operação Kryptolaundry, deflagrada nesta terça-feira (9/12) pela Polícia Federal (PF) no Distrito Federal, tem como alvo um esquema bilionário de captação ilegal de investimentos em criptoativos ligado ao grupo empresarial do “Faraó dos Bitcoins”, Glaidson Acácio dos Santos (foto em destaque). A informação foi apurada com exclusividade pela coluna.

 

Segundo as investigações, o núcleo financeiro desmantelado nesta terça movimentou mais de R$ 2,7 bilhões, sendo R$ 404 milhões identificados como recursos ilícitos.

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A estrutura funcionava por meio de dezenas de empresas de fachada destinadas a ocultar patrimônio por meio da aquisição de imóveis, veículos e empreendimentos comerciais.

 

Ao todo, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e nove prisões preventivas. Até a última atualização da reportagem, seis pessoas haviam sido presas no DF e duas na Espanha.

A operação atinge 45 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas em crimes financeiros, lavagem de dinheiro, organização criminosa e falsidade ideológica.

A Justiça determinou o bloqueio de até R$ 685 milhões e o sequestro de propriedades urbanas e rurais.

 

Novas ramificações

Fontes afirmaram à coluna que parte das movimentações rastreadas pela Kryptolaundry tem conexão direta com operadores já investigados no esquema comandado por Glaidson Acácio dos Santos, preso desde 2021 e considerado o maior articulador de pirâmides financeiras com criptomoedas do país.

A PF encontrou indícios de que empresas e pessoas físicas ligadas ao núcleo original da GAS Consultoria teriam participado da lavagem bilionária desmontada no DF.

Esta é a primeira operação que, oficialmente, identifica derivações do esquema do Faraó para Brasília com grande volume financeiro e expansão por meio de novas empresas.

 

Condenado a 19 anos

Glaidson foi condenado em outubro deste ano a 19 anos e 2 meses de prisão por organização criminosa e corrupção ativa, no âmbito da Operação Novo Egito, conduzida pelo Gaeco do MPRJ.

Seu braço direito, Daniel Aleixo Guimarães, o Dany Boy, recebeu pena de 16 anos e 4 meses.

A condenação ocorreu após a comprovação de que o grupo pagou R$ 150 mil em propina a policiais da Delegacia de Defraudações para prejudicar uma empresa concorrente da GAS.

O juiz Nilson Lacerda, da 1ª Vara Especializada em Organizações Criminosas, determinou ainda a transferência de Glaidson para um presídio federal fora do Rio. 

O império do Faraó

Preso desde agosto de 2021, Glaidson foi o centro de uma das maiores operações da história da PF envolvendo criptoativos. Na ocasião, foram apreendidos aproximadamente:
• R$ 150 milhões em criptomoedas,
• R$ 14 milhões em espécie,
• dezenas de carros de luxo,
• relógios e joias avaliadas em milhões.

Desde 2023, cumpre pena na Penitenciária Federal de Catanduvas (PR).

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