Testemunhas ouvidas pela Polícia Civil de São Paulo relataram que, logo após o atropelamento que matou Raphael Canuto Correa, de 21 anos, e Joyce Correa da Silva, de 19, a motorista Geovanna Proque da Silva teria feito referência a uma mulher usando a expressão “a vagabunda que eu acabei de matar”. A frase aparece em dois depoimentos diferentes e, segundo os relatos, teria sido dita ao melhor amigo de Raphael, pouco depois do crime, em um restaurante próximo ao local do acidente.
O caso aconteceu na madrugada do último domingo (28/12), na região do Campo Limpo, zona sul da capital paulista, e, de acordo com as investigações, o crime teria sido motivado por ciúmes.
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Após discutir com Raphael por mensagens e ir até a casa dele para causar confusão, Geovanna perseguiu de carro a motocicleta conduzida pelo namorado, que levava Joyce na garupa. Durante a perseguição em alta velocidade, o veículo atingiu a moto, que foi arrastada por vários metros. Raphael e Joyce morreram no local, presos às ferragens.
De acordo com o boletim de ocorrência, Geovanna Proque ameaçou Raphael Canuto momentos antes do crime. Em uma mensagem enviada pelo WhatsApp, por volta das 2h de domingo, a jovem escreveu: “ou você resolve, ou eu resolvo”. A mensagem foi confirmada por uma amiga de Raphael à Polícia Civil e é tratado pelos investigadores como um indício de escalada de violência antes do atropelamento.
Raphael realizava um churrasco em casa quando Geovanna passou a enviar mensagens irritada com a presença de mulheres no local. Testemunhas afirmaram que o ciúme era infundado, já que se tratava de amigas de infância do rapaz, sem envolvimento amoroso. Pouco depois da mensagem, Geovanna foi até a residência acompanhada da madrasta e tentou entrar no imóvel para confrontar as mulheres.
A Polícia Civil confirmou que Geovanna Proque da Silva, responsável pelo atropelamento que matou Raphael Canuto Costa e Joyce Correa da Silva, foi presa em flagrante. Após audiência de custódia, a prisão foi convertida em preventiva, considerando indício de dolo direto na ação.
O caso, registrado como homicídio doloso duplamente qualificado e lesão corporal, segue sob investigação do 37º Distrito Policial (Campo Limpo). Exames periciais e toxicológicos foram requisitados e estão em andamento. A polícia também busca identificar possíveis envolvidos, testemunhas e novas imagens que possam esclarecer os fatos. Segundo o boletim, o crime não se tratou de um simples acidente, já que os ciúmes de Geovanna e a impossibilidade de defesa das vítimas evidenciam o caráter premeditado da ação.





















