Por Ana Paula Rehbein, Brenda Santos, g1 Tocantins e TV Anhanguera
Foto-G1-Globo
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Durante a operação foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão em endereços ligados à influenciadora, além do sequestro e bloqueio de bens móveis e imóveis avaliados até o limite de R$ 37.209.761,91.
O g1 entrou em contato com a defesa de Karol Digital, mas não obteve resposta. A defesa de Dhemerson Rezende Costa não foi localizada até a última atualização desta reportagem.
Conforme a Polícia Civil, as investigações apontam que Karol utilizava o próprio perfil nas redes sociais, onde tem mais de 1,5 milhão de seguidores, para a exploração ilegal de jogos de azar através de parceria com diversas casas de apostas.
Os investigados teriam movimentado, entre janeiro de 2019 e outubro de 2024, mais de R$ 217 milhões em suas contas. O dinheiro seria de plataformas de jogos de azar ilegais e empresas de intermediação de pagamentos.
“De modo que, a investigada postava sobre “ganhos” em suas redes sociais com a intenção de enganar seguidores, mostrando resultados de plataformas diferentes das que ela estava sendo paga para promover. Com isso, consta a informação de que a investigada engana seus seguidores quando afirma que ganha dinheiro jogando, quando, na verdade, o dinheiro é proveniente do acordo que celebra com as plataformas”, diz trecho da decisão.
Bens apreendidos na operação
Durante a operação, a Polícia Civil apreendeu sete veículos em nome da influencer Karol Digital, que somam aproximadamente R$ 5.528.000.
Entre os veículos está um Porsche avaliado em R$ 979 mil, uma RAM 3500 avaliada em R$ 475.000,00 e uma McLaren, modelo Artura, de R$ 3,1 milhões.
Também foi determinado o sequestro de sete imóveis, sendo seis em Araguaína e um em Babaçulândia. Além de uma fazenda com criação de 248 bovinos e cavalos de raça, avaliada em R$ 8 milhões, em Palmeirante.
Ainda conforme a investigação, Karol Digital teria transferido bens para três empresas em seu nome, configurando a "blindagem" ou "ocultação" de patrimônios.
"Foram criadas holdings e empresas. Essas empresas aparentavam uma licitude, mas a gente acredita que muitos dos valores angariados de forma ilícita nos jogos acabam tendo esse clareamento através de holding e empresas", disse o delegado Wanderson Queiroz.
A operação FRAUS é conduzida pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO) e 1ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC - Palmas), com o apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, além de equipes da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec).
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Investigação apontou que Karol Digital adquiriu carros de luxo — Foto: Reprodução Instagram Karol Digital/Divulgação