A perita criminal, Gigi Barreto, apontou ao HNT TV Entrevista que homens que matam mulheres, não aceitam o crescimento das parceiras. Eles se sentem diminuídos pelo fato da companheira ter um salário maior, receber uma promoção no trabalho ou só estar fluindo na carreira. O medo de perder, a insegurança por ver a mulher quebrar o vínculo da dependência e poder ganhar asas os apequena ao ponto de decidirem colocar um ponto final na vida das parceiras.
"Quando a gente cita o ego tem o problema de quando a mulher ascende. O homem não quer nem igual a ele, nem maior. Uma mulher que ganha mais, tem mais prestígio e reconhecimento que ele isso também gera (a violência)", falou Gigi Barreto.
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A perita atribui essa reação ao machismo estrutural que, segundo ela, é cultural no Brasil. Gigi ressalta que a mulher cresce sendo condicionada a seguir regras enquanto o homem ainda é incentivado a ter o "espírito livre".
"A mulher tem que ter a imagem da boazinha, da calada. As meninas são ensinadas ainda assim e os meninos o contrário. Elas têm quem aceitar o que é imposto a ela, sem questionamento algum", afirmou Gigi.
ESCALA DOS FEMINICÍDIOS
Em 2024, Mato Grosso registrou o maior índice de feminicídios do país, conforme levantamento da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) e da Polícia Civil. Foram 47 mulheres mortas ao longo do ano — o equivalente a 2,5 casos para cada 100 mil mulheres. A violência ocorreu, em sua maioria, dentro de casa (83%), e teve como principais autores companheiros ou ex-companheiros, reforçando o padrão de agressões enraizado no ambiente doméstico.
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