Segundo as investigações, Teixeira seria o controlador de duas empresas envolvidas na negociação de direitos de exploração mineral. Uma delas teria recebido, sem qualquer pagamento, os direitos de exploração de duas áreas em Minas Gerais. Posteriormente, o delegado constituiu outra empresa para tentar vender esses direitos.
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Um trecho do inquérito cita que foi encontrada uma cópia de uma “Carta Proposta de Venda de Participação Societária”. A PF concluiu que Rodrigo Teixeira e outro sócio receberiam R$ 27.132.000,00 sem terem investido qualquer quantia.
A investigação
A Polícia Federal ainda procura dois foragidos suspeitos de integrar o grupo criminoso. Até o momento, 15 pessoas foram presas e estão à disposição da Justiça.
O Governo de Minas informou que já tinha conhecimento de irregularidades, inclusive na Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), e que conduzia processos administrativos. Nesta quinta-feira, o presidente do Iepha (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais), João Paulo Martins, foi exonerado.
O esquema teria movimentado R$ 1,5 bilhão, com potencial para alcançar até R$ 18 bilhões. A organização criminosa era chefiada pelo empresário Alan Cavalcante do Nascimento, que criou um conglomerado com mais de 60 empresas. A atuação só era possível com o apoio dos servidores públicos.
As empresas atuavam há pelo menos cinco anos, como explicou o diretor da PF, Humberto Freire.
“Já houve uma primeira investigação que teve início em 2019. Essa operação gerou desdobramentos. A atividade começa com menos empresas, com menos pessoas, e vai ganhando corpo até se transformar numa organização como a que foi desbaratada hoje. Ao longo do tempo, conseguiram ampliar seus negócios e obter mais licenças ambientais. Por isso, foi necessária uma investigação complexa para estagnar a atuação do grupo.”
As áreas afetadas incluem a Serra do Curral, em Belo Horizonte, além de regiões de preservação ambiental na Grande BH e em Ouro Preto.
Os presos poderão responder por crimes ambientais, usurpação de bens da União, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.