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Polícia Quinta-feira, 18 de Setembro de 2025, 16:42 - A | A

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Segundo investigação

Ex-superintendente da PF receberia cerca de R$30 milhões em esquema

A operação já prendeu 15 pessoas e ainda busca outras duas

Por 
Desirée Miranda-CBN
Foto-CBN-Globo

 

 
O delegado Rodrigo Teixeira, ex-superintendente da Polícia Federal em Minas Gerais e preso durante operação contra a mineração ilegal em áreas protegidas, teria negociado cerca de R$ 30 milhões dentro do esquema criminoso. As informações constam em documentos do inquérito da Polícia Federal aos quais a CBN teve acesso.

Segundo as investigações, Teixeira seria o controlador de duas empresas envolvidas na negociação de direitos de exploração mineral. Uma delas teria recebido, sem qualquer pagamento, os direitos de exploração de duas áreas em Minas Gerais. Posteriormente, o delegado constituiu outra empresa para tentar vender esses direitos.

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Um trecho do inquérito cita que foi encontrada uma cópia de uma “Carta Proposta de Venda de Participação Societária”. A PF concluiu que Rodrigo Teixeira e outro sócio receberiam R$ 27.132.000,00 sem terem investido qualquer quantia. 

A investigação 

A Polícia Federal ainda procura dois foragidos suspeitos de integrar o grupo criminoso. Até o momento, 15 pessoas foram presas e estão à disposição da Justiça.

O Governo de Minas informou que já tinha conhecimento de irregularidades, inclusive na Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), e que conduzia processos administrativos. Nesta quinta-feira, o presidente do Iepha (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais), João Paulo Martins, foi exonerado.

O esquema teria movimentado R$ 1,5 bilhão, com potencial para alcançar até R$ 18 bilhões. A organização criminosa era chefiada pelo empresário Alan Cavalcante do Nascimento, que criou um conglomerado com mais de 60 empresas. A atuação só era possível com o apoio dos servidores públicos.

As empresas atuavam há pelo menos cinco anos, como explicou o diretor da PF, Humberto Freire. 

“Já houve uma primeira investigação que teve início em 2019. Essa operação gerou desdobramentos. A atividade começa com menos empresas, com menos pessoas, e vai ganhando corpo até se transformar numa organização como a que foi desbaratada hoje. Ao longo do tempo, conseguiram ampliar seus negócios e obter mais licenças ambientais. Por isso, foi necessária uma investigação complexa para estagnar a atuação do grupo.” 

As áreas afetadas incluem a Serra do Curral, em Belo Horizonte, além de regiões de preservação ambiental na Grande BH e em Ouro Preto.

Os presos poderão responder por crimes ambientais, usurpação de bens da União, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

 

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