Redação Terra
Foto-G1-Globo.com
✅ Clique aqui para seguir o canal do CliqueF5 no WhatsApp
Clique aqui para entrar no grupo de whatsapp
Um casal de ‘pastores’ suspeito de manter em cárcere privado uma fiel de 43 anos que morreu por desnutrição foi preso preventivamente pela Polícia Civil do Pará na manhã desta sexta-feira, 4. A mulher morreu no último dia 19.
De acordo com as investigações, o casal foi denunciado por mantê-la em cárcere privado, a forçando a realizar trabalhos domésticos.
Denúncia
Após as autoridades policiais terem recebido a denúncia, agentes foram até a moradia em questão e chamaram a vítima até o portão da casa.
“A mulher, visivelmente debilitada e com aspecto físico extremamente magro, negou os fatos narrados, alegando manter relação de amizade com o casal e ser vítima de intolerância religiosa por parte de sua família”, explicou a delegada Bruna Paolucci, titular da Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam).
A mulher, então, negou acompanhar os policiais à unidade policial. Nisso, foi solicitada por parte da polícia uma autorização para inspeção no cômodo onde a vítima morava e foram constatadas condições precárias de moradia, com indícios de “possível alienação emocional”, pontua a polícia, em nota.
Morte antes do fim da investigação
A história passou a ser investigada, com coleta de depoimentos de testemunhas e apoio da família da vítima, onde foi confirmado a situação de violência psicológica.
“No entanto, quando as investigações estavam próximas ao encerramento, com a representação por medidas cautelares contra os suspeitos, a equipe policial foi informada do falecimento da vítima por desnutrição grave, no dia 19 de junho”, explicou a corporação.
Segundo registros médicos, a vítima foi conduzida ao Pronto Socorro do Guamá pelo casal investigado, que se apresentou como vizinho da mulher. Além disso, a vítima foi deixada na unidade sem documentos e o casal teria fugido do hospital após terem sido informados pela assistente social da necessidade de registro da ocorrência.
Todo o histórico fez com que a polícia solicitasse a prisão preventiva e as medidas de busca e apreensão contra os investigados, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares da Comarca de Belém.
Os dois foram conduzidos à unidade policial e seguem à disposição da Justiça. A identidade dos envolvidos não foi revelada pelas autoridades.
Fonte: Redação Terra