Além de confessar o homicídio do advogado Renato Nery em depoimento, o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva também afirmou que pagou R$ 1,5 mil na arma utilizada na execução e recebeu R$ 150 mil pelo serviço. Os supostos mandantes é o casal de empresários do ramo joalheiro oriundos do município de Primavera do Leste (235 km de Cuiabá), Julinere Goulart Bento e César Jorge Sechi.
O advogado foi alvejado por disparos de arma de fogo em frente ao próprio escritório, localizado na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá, no dia 5 de julho de 2024. Ele chegou a ser socorrido e submetido a cirurgia em um hospital particular da Capital, mas não resistiu e teve a morte constatada na madrugada do dia 6.
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A arma utilizada, uma pistola, possuía um dispositivo acoplado que permite que múltiplos projéteis fossem liberados em apenas um disparo. Tanto que, a polícia encontrou sete cápsulas no local do crime. No entanto, Renato Nery foi atingido, fatalmente, por apenas um tiro.
O armamento que vitimou o advogado foi adquirido por R$ 1,5 mil de uma pessoa que já morreu, de acordo com interrogatório de Alex, e ele não quis revelar a identidade do vendedor.
A execução custou R$ 200 mil. Desses, os supostos mandantes pagaram apenas R$ 150 mil. O pagamento foi intermediado pelo policial militar Heron Teixeira, também preso por envolvimento no caso.
Além de Teixeira, outros seis policiais militares também estão sob custódia por possível participação no crime. Julinere e César chegaram a oferecer joias para quitar o valor devedor, mas Heron não aceitou.
Ainda, Alex confessou que aceitou o serviço pois estava devendo dinheiro para diversos agiotas e estava desesperado.
Alex e Heron foram os únicos indiciados pelo homicídio do jurista até o momento, mas as investigações continuam para identificar a possível participação de outras pessoas.