Dados do Anuário de Violência Doméstica e Crimes Sexuais da Polícia Civil apontam que os crimes de ameaça, injúria e lesão corporal lideram o número de ocorrências registradas pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) e pelo Plantão da Violência Doméstica e Crimes Sexuais - 24h no ano de 2024.
Dentre o total de 6.223 casos, ameaça foi o maior entre os três delitos, com 2.628 registros, o equivalente a 26% dos casos. Na sequência, aparece o crime de injúria, com 1.487 casos (15%). Por fim, está a lesão corporal com 1.421 anotações. O principal contexto dessas ocorrências foi a violência doméstica, representando expressivos 66,07% dos casos.
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A maioria das vítimas têm idades entre 30 e 49 anos, no auge da atividade reprodutiva e economicamente produtiva, com mais de 50% dos registros.
Geograficamente, as vítimas estão em áreas periféricas ou bairros originários de ocupações como Dom Aquino, em primeiro lugar, Porto, Pedra 90, Jardim Florianópolis, Parque Cuiabá, Duque de Caxias e Cidade Alta.
Os dados também mostraram que a grande parte das violências ocorrem entre seis meses a um ano após a separação e geralmente é cometida pelo ex-companheiro.
Também conforme o Anuário, os meses de maio e outubro foram os que mais houve demanda. Segundo a delegada Judá Marcondes, essa procura representa a autoconsciência da vítima.
“A gente acredita que, a partir do momento que a mulher se autoavalia, ela cria uma maior consciência sobre o que contexto que ela está inserida”, considerou a delegada, associando os indicativos com as datas em que são celebradas Dia das Mães (maio) e Outubro Rosa.
Além disso, o levantamento ainda indicou que a segunda-feira é o dia da semana em que há maior procura pelas unidades policiais voltadas à política de segurança à mulher.