Os mercados globais de grãos iniciaram o dia 15 de julho com viés de baixa, com destaque para as cotações do trigo, soja e milho nas bolsas internacionais, pressionadas por dados climáticos favoráveis nos Estados Unidos e atualizações do USDA. As informações são da TF Agroeconômica.
No mercado de trigo, os contratos futuros em Chicago registraram quedas: setembro/25 fechou em US$ 538,75 (-2,75), dezembro/25 a US$ 560,00 (-2,25) e dezembro/26 a US$ 625,75 (-1,50). A melhora nas condições do trigo de primavera nos EUA, especialmente nas Grandes Planícies, com chuvas recentes, e o avanço da colheita de inverno no Kansas (63% da área colhida) contribuíram para esse cenário. No Brasil, a Conab reportou 91% da área plantada, próximo à média dos últimos cinco anos. Os preços no Paraná subiram 0,17% no dia, a R$ 1.475,85, enquanto no Rio Grande do Sul recuaram 0,38%, a R$ 1.318,72.
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A soja também operou em baixa: o contrato de agosto/25 caiu para US$ 998,50 (-2,50). O USDA elevou a proporção de lavouras em boas/excelentes condições para 70%, acima da expectativa dos traders (67%) e do índice do mesmo período de 2024 (68%). O avanço do florescimento e da formação de vagens reforça as expectativas positivas. No mercado interno, os preços mantiveram estabilidade com leve alta em Paranaguá (+0,25%) e leve baixa no interior do Paraná (-0,14%).
Já o milho apresentou queda mais acentuada: setembro/25 caiu para US$ 397,00 (-3,00). O USDA indicou 74% das lavouras em boas/excelentes condições e avanço nos estágios de polinização e grão leitoso. Além disso, a indefinição sobre tarifas comerciais nos EUA preocupa os mercados. No Brasil, a Conab registrou avanço expressivo da colheita da safrinha para 41,7%. Na B3, o contrato de julho/26 está 11,49% acima de julho/25, o que, segundo a TF Agroeconômica, sinaliza oportunidade de venda diante da expectativa de queda futura.
