Por Flavia Macedo

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São Paulo recebeu pecuaristas de diferentes regiões do país em um encontro marcado pela troca de experiências e pela apresentação de novas tecnologias. O destaque da programação foi o lançamento de um herbicida desenvolvido para o controle sistêmico de plantas daninhas de difícil e de extremo manejo, reunindo três princípios ativos em uma única formulação (Picloram, Triclopi e Fluroxipi).
Segundo Paulo Pimentel, diretor de pastagem da Sumitomo Chemical, esse é o grande diferencial. "Muitas vezes é necessário usar esses três ativos em produtos diferentes. E esse é o grande diferencial, juntar todos em um só. Além disso, essa é a única formulação que tem um princípio ativo de Picloram totalmente diferente do que já existe no mercado. Esse picloram traz benefícios muito bacanas, como uma penetração melhor, uma seletividade maior e uma relação superior com a folha e o sistema de absorção das plantas", destaca.

A proposta é que com o controle maior de determinadas ervas daninhas seja possível aproveitar o potencial nutritivo da própria forrageira, refletindo diretamente na eficiência da conversão alimentar dos animais.

Para Pimentel, esse desafio se torna claro no dia a dia da pecuária. "O animal não consegue chegar na forrageira e isso tende a ter uma planta com um perfil de menos folha e mais talo. E isso é péssimo para engordar o animal. O gado deixa de ganhar peso porque ele não vai conseguir comer o que é mais nutritivo para ele".

O novo herbicida integra um portfólio mais amplo da empresa, dentro de um conjunto de ações denominado “Conceito E”, que busca aliar experiência positiva no negócio, excelência no uso do solo, eficiência econômica e equilíbrio entre meio ambiente e sistema produtivo. 

"A Sumitomo tem valores e filosofias muito antigas, filosofias que estão com a gente desde o século XVII. E essa é nossa responsabilidade: transformar isso em ação". 

Todos os produtos com o Conceito E virão com o selo de identidade. “Quando tiver o ‘Ezinho’, pode cobrar a gente, porque queremos entregar uma melhor performance de produto que vai ajudar todo mundo, inclusive quem está vindo aí, que vai enfrentar um mundo cada vez mais desafiador, com mais gente e a necessidade muito forte de produzir mais com menos", reforça Pimentel.

Entre os pecuaristas presentes, a expectativa é positiva. O produtor Adriano Couto, da segunda geração de uma família com rebanho de duas mil cabeças no Pará, acredita que a tecnologia pode fazer diferença no manejo.

 "A gente vê aqui hoje essa oportunidade que, com certeza, vai ajudar muito todos os pecuaristas do Brasil afora. Essa concentração de moléculas com baixa quantidade de calda também vai ajudar muito. Então, acredito que a gente vê saída para essas ervas daninhas que tanto nos prejudicam", ressalta.