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Notícias do Agro Terça-feira, 30 de Setembro de 2025, 14:51 - A | A

Terça-feira, 30 de Setembro de 2025, 14h:51 - A | A

Recuo de 3,2%

Oferta de leite aumenta em agosto e preço ao produtor cai pelo quinto mês seguido

Entre julho e agosto deste ano, a oferta de leite aumentou 3,3% e o preço pago ao produtor recuou 3,2%, segundo Cepea/USP

Administração

 

O preço do leite cru entregue pelo produtor aos lacticínios continuou cedendo em agosto. O leite recebido pelas indústrias em agosto último fechou a R$ 2,53 por litro na “Média Brasil”, um recuo de 3,2% frente ao mês anterior.

Essa baixa decorre de uma oferta maior no mercado, já que em agosto o índice de captação de leite pelos lacticínios subiu 3,3%.

Cálculos deflacionados, com base no IPCA de agosto, mostra que em termos reais o preço pago ao pecuarista caiu 12,6% de agosto/24 a agosto/25.

“É o quinto mês consecutivo de recuo no valor do leite no campo, já que a oferta se mantém elevada em comparação à demanda”, afirma Natalia Grigol, pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, o Cepea, da USP.

 

E a oferta tem aumentado desde o início do ano. A produção de leite tem crescido no país desde o ano passado, resultado de investimentos que os pecuaristas fizeram de olho na indicação de boa rentabilidade.

Mas enquanto a oferta de leite aumenta em média 6,1% de janeiro para cá, o consumo não acompanha. Houve até redução nas importações de lácteos, como apontam pesquisadores do Cepea/Usp.

 

Em agosto, o Brasil comprou de outros países 165,11 milhões de litros em equivalente leite, ou seja, já diminuiu 6,73% o volume importado. Este ano, o volume de lácteos importados caiu mais de 6% sobre o mesmo período de 2024.

Ainda assim, o país trouxe de fora quase 1,45 bilhão de litros em equivalente leite, o que segundo apurou o Cepea é um volume alto demais para a demanda interna. Por isso os preços cedem.

 

Em agosto, no mercado atacadista de São Paulo, os derivados de leite mantiveram movimento de baixa, com queda nas cotações da muçarela e do leite em pó, e certa estabilidade nos preços do leite UHT. E não há perspectivas de alteração na tendência dos preços.

“O setor projeta que a desvalorização persista até o final do ano em razão do crescimento da produção, resultado tanto dos investimentos realizados até então quanto do aumento sazonal típico da primavera e do verão”, diz Natalia Grigol.

Entre julho e agosto deste ano, a oferta de leite aumentou 3,3% e o preço pago ao produtor recuou 3,2%, segundo Cepea/USP

O preço do leite cru entregue pelo produtor aos lacticínios continuou cedendo em agosto. O leite recebido pelas indústrias em agosto último fechou a R$ 2,53 por litro na “Média Brasil”, um recuo de 3,2% frente ao mês anterior.

Essa baixa decorre de uma oferta maior no mercado, já que em agosto o índice de captação de leite pelos lacticínios subiu 3,3%.

Cálculos deflacionados, com base no IPCA de agosto, mostra que em termos reais o preço pago ao pecuarista caiu 12,6% de agosto/24 a agosto/25.

“É o quinto mês consecutivo de recuo no valor do leite no campo, já que a oferta se mantém elevada em comparação à demanda”, afirma Natalia Grigol, pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, o Cepea, da USP. 

E a oferta tem aumentado desde o início do ano. A produção de leite tem crescido no país desde o ano passado, resultado de investimentos que os pecuaristas fizeram de olho na indicação de boa rentabilidade.

Mas enquanto a oferta de leite aumenta em média 6,1% de janeiro para cá, o consumo não acompanha. Houve até redução nas importações de lácteos, como apontam pesquisadores do Cepea/Usp. 

Em agosto, o Brasil comprou de outros países 165,11 milhões de litros em equivalente leite, ou seja, já diminuiu 6,73% o volume importado. Este ano, o volume de lácteos importados caiu mais de 6% sobre o mesmo período de 2024.

Ainda assim, o país trouxe de fora quase 1,45 bilhão de litros em equivalente leite, o que segundo apurou o Cepea é um volume alto demais para a demanda interna. Por isso os preços cedem. 

Em agosto, no mercado atacadista de São Paulo, os derivados de leite mantiveram movimento de baixa, com queda nas cotações da muçarela e do leite em pó, e certa estabilidade nos preços do leite UHT. E não há perspectivas de alteração na tendência dos preços.

“O setor projeta que a desvalorização persista até o final do ano em razão do crescimento da produção, resultado tanto dos investimentos realizados até então quanto do aumento sazonal típico da primavera e do verão”, diz Natalia Grigol.

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