Segundo informações da TF Agroeconômica, a movimentação no mercado de trigo continua lenta no Sul do país, com destaque para o Rio Grande do Sul. A estimativa é de que ainda restem 440 mil toneladas da safra antiga, o que tem mantido os preços pressionados. Com os moinhos gaúchos abastecidos até junho e a moagem girando em torno de 104 mil toneladas por mês, essa disponibilidade poderia cobrir a demanda até outubro — desde que não haja exportações significativas.
Negócios pontuais voltaram a ocorrer no estado, com preços em torno de R$ 1.400,00 por tonelada, embora já haja ofertas a R$ 1.390,00 para trigo com PH 76, dependendo da região. Para a próxima safra, os moinhos ainda se mantêm afastados dos contratos futuros, enquanto exportadores oferecem trigo “milling” (PH77 mínimo) com preços entre R$ 1.325,00 e R$ 1.360,00 por tonelada, com entregas previstas entre novembro de 2025 e fevereiro de 2026. Em Panambi, o preço da saca caiu para R$ 72,00.
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Em Santa Catarina, o mercado também mostra ritmo lento, com negociações pontuais e algumas compras no RS. O balcão se manteve estável pela sexta semana consecutiva, com preços variando entre R$ 75,00 e R$ 80,00 por saca, dependendo da praça. O trigo pão do RS é ofertado a R$ 1.450,00 no extremo Oeste catarinense, mas há resistência de compradores.
No Paraná, o preço da nova safra indica boa rentabilidade, mesmo com leve queda. O preço médio semanal recuou 0,13%, ficando em R$ 80,09, com custo de produção estimado em R$ 73,53, o que garante lucro médio de 8,92%. A safra velha ainda movimenta negócios a R$ 1.550,00 nos Campos Gerais e até R$ 1.600,00 em outras regiões. Já o trigo importado varia entre R$ 1.620,00 e R$ 1.720,00 CIF moinho. A nova safra ainda não tem vendedores ativos, mas compradores indicam interesse entre R$ 1.450,00 e R$ 1.500,00 CIF, equivalendo a R$ 82,78/saca.