Diante de uma queda no consumo e da diminuição da área plantada do arroz, o preço do grão no Brasil segue abaixo dos custos de produção. Nos últimos 15 anos, o brasileiro deixou de consumir cerca de 2 milhões de toneladas do alimento.
Alexandre Velho, presidente da Federarroz, explica que os brasileiros passaram a ter uma vida mais corrida, com menos tempo disponível para cozinhar alimentos, dando espaço para o crescimento do fast food em detrimento ao que ele chama de “comida de verdade”.
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“Nós temos uma dieta alimentar maravilhosa, que é o arroz, o feijão, a proteína e a salada. A gente chama isso de comida de verdade. E essa vida corrida do brasileiro vem diminuindo a disponibilidade, principalmente, das pessoas poderem cozinhar mais em casa”, diz.
Segundo Velho, o aumento generalizado da produção em todo o Mercosul e a pressão do mercado internacional causam o achatamento dos preços do grão. “Nós estamos trabalhando hoje com níveis que eu posso dizer que impraticáveis para se produzir arroz”, lamenta.
O presidente da Federarroz ainda explica que a normalização dos preços não depende dos produtores. “O produtor não coloca preço no seu produto, depende da oferta e da demanda, do preço internacional, da taxa de câmbio, tudo isso influencia muito nos nossos preços”, completa.