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Notícias do Agro Segunda-feira, 30 de Junho de 2025, 15:33 - A | A

Segunda-feira, 30 de Junho de 2025, 15h:33 - A | A

Conformidade legal e regulatória

Agro adota soluções digitais para driblar custos

Esse movimento ainda exige atenção à conformidade legal e regulatória

 

 
Agrolink - Leonardo Gottems
Foto: Pixabay
 

O agronegócio brasileiro está passando por uma mudança estratégica profunda, e ela não está nas lavouras, mas nos bastidores financeiros. Diante do aumento de tributos sobre instrumentos como CRAs e IOF em operações internacionais, produtores têm recorrido a operações triangulares com criptomoedas como forma de proteger a margem líquida sem abrir mão da segurança e liquidez. 

Segundo Pompeo Scola, psicólogo, consultor em agronegócio e CEO da Cyklo Agritech Aceleradora, o uso de criptoativos no agro é uma resposta racional e eficiente ao novo cenário fiscal. Nessa estrutura, plataformas digitais compram commodities prontas e pagam em reais ao produtor, realizando a liquidação com criptomoedas por meio de agentes internacionais. O produtor não assume risco cambial nem de volatilidade, e o processo ocorre com menor impacto tributário.

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Com o IOF internacional em 3,5%, o uso de cripto aumentou até 20% em algumas cadeias, refletindo uma busca por eficiência tributária. Dados da Receita Federal apontam que R$ 247,8 bilhões foram movimentados em cripto no Brasil entre janeiro e setembro de 2024. Já a Chainalysis estima que o país deve alcançar 120 milhões de usuários até 2030, consolidando o Brasil entre os 10 maiores mercados do mundo. 

 

Esse movimento ainda exige atenção à conformidade legal e regulatória. O Banco Central e a Receita já monitoram e exigem relatórios mensais, e o setor precisa se preparar para um marco regulatório mais robusto até 2026. Para Scola, o uso de cripto no agro não é tendência passageira, mas uma ferramenta sólida de defesa econômica diante da burocracia financeira e do aumento da carga tributária.

“O produtor rural brasileiro continua sendo um dos agentes mais ágeis e estratégicos do país. E agora, além de semear com precisão, ele também começa a liquidar com precisão, em tempo real, com inteligência fiscal, e com os olhos bem abertos para o novo cenário financeiro que se desenha”, conclui.

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