O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reconheceu a competência da Corte para julgar a tentativa de atentado com explosivo nas imediações do Aeroporto Internacional de Brasília, em 24 de dezembro de 2022. O caso envolve o bolsonarista mato-grossense Alan Diego dos Santos Rodrigues, além de George Washington de Oliveira Sousa e Wellington Macedo de Souza, já julgados por crimes como explosão e porte ilegal de armas. A decisão foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (17).
Agora, os três foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República por novos crimes: associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e atentado contra a segurança de transporte aéreo, todos em coautoria. Os fatos são investigados no contexto das Operações Lesa Pátria e Nero, que apuram ataques antidemocráticos ocorridos em Brasília em dezembro de 2022.
Com base na nova denúncia apresentada em 18 de junho de 2025, Moraes decretou a prisão preventiva dos acusados no dia 24 do mesmo mês. Alan Diego foi preso em 27 de junho e teve a detenção mantida em Comodoro (624 km de Cuiabá) pelo STF no início deste mês.
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O ATENTADO
De acordo com as investigações da Polícia Federal, George Washington de Oliveira e Alan Diego dos Santos Rodrigues, inconformados com a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a consequente vitória do presidente Lula (PT), planejaram explodir um caminhão-tanque com 60 mil litros de querosene de avião no aeroporto de Brasília.
George Washington foi o responsável em fazer a bomba enquanto Alan Diego acoplou o explosivo ao caminhão, que seria detonado dentro do aeroporto. No entanto, a bomba só não explodiu devido a um erro técnico.