A empresa HB20 Construções EIRELI divulgou uma nota de esclarecimento nesta quarta-feira (30) negando qualquer participação em repasses ilícitos, no contexto da Operação Perfídia. A ação policial investiga o repasse de propina aos vereadores de Cuiabá Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB) para aprovação de projeto de lei que, em tese, beneficiaria a empreitera responsável por parte das obras do Contorno Leste.
No comunicado, a construtora afirmou que “não autorizou, pactuou ou participou de qualquer tratativa, direta ou indireta, relacionada a repasses ilícitos”.
De acordo com a decisão judicial que autorizou a operação, o depoimento de um funcionário da HB20 — suposto intermediário dos pagamentos — foi imprescindível para desmantelar o esquema. Segundo a HB20, porém, Catalan “nunca teve poderes legais ou autorização formal para representar a empresa”, sendo apenas um prestador de serviços, já desligado da instituição.
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A empresa destacou que já havia adotado medidas internas contra Mesquita antes mesmo da operação, incluindo registro de denúncias e suspeitas de irregularidades, e que há inclusive uma notícia crime anterior relacionada a condutas atribuídas a ele.
A atual diretoria da HB20 classificou como grave a tentativa de vincular o nome da empresa a eventuais ações ilegais cometidas de forma isolada por terceiros. A empresa também garantiu que está disposta a colaborar com as autoridades para o esclarecimento completo dos fatos.
“Repudiamos qualquer tentativa de manipulação ou distorção de fatos para criar narrativas que sirvam como cortina de fumaça para acobertar desvios de conduta individuais”, diz um trecho da nota assinada pelo advogado Flávio Moura.