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12 anos de criação

MT se consolida como referência na Lei Anticorrupção e 1,5 bilhão recuperado

Estado já instaurou 95 processos de responsabilização com base na Lei Anticorrupção

 

Ligiani Silveira | CGE-MT

Foto por: Ligiani Silveira - CGE/MT

 

A Lei Anticorrupção (Lei Federal nº 12.846/2013) completa 12 anos neste mês e, desde que foi regulamentada em Mato Grosso, em 2016, o Estado se consolidou como referência nacional na aplicação da norma. De 2016 a julho de 2025, foram instaurados 95 processos administrativos de responsabilização (PAR) para apurar a conduta de empresas acusadas de praticar atos lesivos ao Governo do Estado, resultando em mais de R$ 380 milhões em multas e em acordos de leniência que, juntos, totalizam mais de R$ 1,5 bilhão para reparar danos aos cofres públicos.

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Grande parte dos processos e acordos está relacionada a eventos ocorridos antes de 2019, como desdobramentos de auditorias realizadas pela Controladoria-Geral do Estado (CGE-MT), de operações policiais e de acordos de colaboração de ex-gestores públicos com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os valores devolvidos pelas empresas lenientes foram destinados a ações nas áreas de saúde, segurança pública e prevenção à corrupção no Poder Executivo Estadual. Do total, R$ 75 milhões, por exemplo, foram aplicados nas obras do Hospital Central de Mato Grosso.

“Merecem destaque, nesses 12 anos de atuação, os trabalhos de auditoria realizados e que subsidiaram as primeiras apurações, assim como a parceria firmada com os órgãos de controle externo e o Judiciário, que compartilharam elementos probatórios”, observa o controlador-geral do Estado, Paulo Farias.

De acordo com o Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci), Mato Grosso é o segundo estado que mais aplica a Lei Anticorrupção no país. A norma prevê a responsabilização civil e administrativa de empresas envolvidas em fraudes em licitações, pagamento de propinas e outros atos lesivos à administração pública.

Os processos são conduzidos pela CGE e podem resultar em sanções como multas de até 20% do faturamento bruto da empresa no exercício anterior à instauração do PAR. Já os acordos de leniência exigem das empresas colaboradoras não apenas o ressarcimento dos valores devidos, mas também o compromisso com medidas efetivas de integridade para prevenir novos ilícitos.

A CGE acompanha de forma rigorosa o cumprimento desses compromissos. O monitoramento inclui análise de relatórios e inspeções presenciais, além de entrevistas com colaboradores, testes de percepção interna e auditorias contábeis.

Apesar do destaque nacional na responsabilização, a prioridade da CGE-MT é a prevenção. Para isso, investe em cursos, orientações sobre gestão de riscos e incentivo a programas preventivos, direcionados tanto às pessoas jurídicas quanto aos servidores públicos da administração estadual.

“O nosso maior objetivo é evitar que os ilícitos aconteçam. A responsabilização é necessária, mas a prevenção traz resultados mais duradouros, preserva recursos públicos e fortalece a confiança da sociedade no governo”, afirma o controlador-geral.

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