Marx lembra que as “condições sociais petrificadas têm de ser compelidas à dança, fazendo-lhes ouvir o canto da sua própria melodia”.
A normalidade é parâmetro comum no contexto social que vivemos. A gente adora uma estrada pavimentada.
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O mundo cultua a idolatria do “corpo perfeito”. A cada criança que viva está incutida a ideia de que ela deva nascer, crescer e se desenvolver “bela, inteligente e perfeita”.
Mas assim não é… Graças a Deus o mundo é mistério!
Seja como for, há um padrão ao qual será necessário responder positivamente, sob pena da proibição do “pertencimento ao mundo”. Ah! Esta soledad que llevamos todos…Islas perdidas.
Nós sabemos, amiga leitora, que as diferenças são pouco toleradas pela humanidade. E o “corpo deficiente”, aquele que encarna a assimetria, o desequilíbrio, as disfunções para a “normalidade”; a sua anormalidade, ameaça, assusta o “corpo perfeito”.
Que já fique consignado, a exigibilidade de perfeição e a demarcação de um padrão, elimina as diferentes singularidades, afasta o incomum, o inusitado, o não vulgar…
Sabe-se bem o que acontece se não for possível responder ao padrão, quando não somos iguais aos demais: “assim como outras formas de opressão pelo corpo, como o sexismo ou o racismo, os estudos sobre deficiência descortinaram uma das ideologias mais opressoras de nossa vida social: a que humilha e segrega o corpo deficiente”.
Mesmo a linguagem referente ao tema está carregada de violência e de eufemismos discriminatórios. Discute-se até hoje a “maneira correta” do termo deficiente.