Muitos haitianos que residem em Cuiabá estão fazendo o caminho inverso da migração após passarem meses desempregados na capital. Eles, que anos atrás vieram para Mato Grosso para trabalhar nas obras da Copa do Mundo, realizadas na Grande Cuiabá, hoje procuram ajuda do Sistema Nacional de Emprego (Sine) para receber seguro-desemprego ou arrumar uma colocação no mercado de trabalho.
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Para ajudar os haitianos desempregados, o Sine e a Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas) desenvolvem um programa que oferece auxílio a quem precisa de documentação, seguro-desemprego e cursos de qualificação. O atendimento é feito no Centro de Apoio e Pastoral para Migrantes, local que também serve de residência para 40 haitianos.
Até agora, 160 haitianos foram cadastrados no programa 'Emprega Rede', criado há três meses para atender pessoas em situação de vulnerabilidade social, sejam estrangeiros, ex-presidiários ou mulheres vítimas de violência doméstica. No entanto, apenas cinco conseguiram emprego.
Desde as obras da Copa do Mundo, cerca de 2,3 mil haitianos chegaram em Cuiabá. Porém, muitos já voltaram para o país de origem ou migraram para outros países. Segundo a superintendente do Sine, Rosane Belém, além de falta de oportunidade por falta de qualificação, os haitianos também são vítimas de preconceito no momento da contratação.