Circulam nas redes sociais, imagens de dois presos da Penitenciária Central do Estado (PCE), antigo Pascoal Ramos, em Cuiabá, com as costas em carne viva. O episódio aconteceu no dia 13 de agosto, um dia após o início da Operação Elison Douglas, que promove uma reforma e faxina geral dentro da unidade prisional.
A Secretaria de Segurança Pública (Sesp), por meio da direção da penitenciária, esclareceu que diferente das acusações feitas contra o Grupo de Intervenção Rápida (GIR), que atua no local, os responsáveis pelas agressões são os próprios presos e se trata de brigas internas.
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Vídeos mostram os presos espancados acusando outros detentos, identificados como ‘Borracha’ e ‘Baiano’, como sendo os agressores. Eles seriam responsáveis pelo “salve” dentro da cela.
As vítimas teriam tido problemas com uma facção que comanda o local e, por isso, recebeu o aviso.
As agressões teriam sido feitas com cabos de energia.
Denúncia
Segundo o vice-presidente da Ordem dos Advogados de Mato Grosso (OAB-MT), Flávio Ferreira, com no início da Operação Elison Douglas, houve diversas denúncias de maus-tratos aos presidiários.
A OAB-MT apura as informações recebidas, mas Flávio explica que até agora nada de irregular foi encontrado. Neste caso, os ferimentos foram provocados por briga entre os próprios presos.
“Temos uma equipe que vai todos os dias a PCE, no entanto, nada de irregular foi encontrado até o momento. A OAB está investigando essas denúncias”, explica o vice-presidente.
Operação
Uma grande operação foi deflagrada pelo Segurança Pública do Estado (Sesp) para tirar regalias de presos na PCE, unidade considerada de segurança máxima, em Cuiabá.
A ação ocorre em sigilo, desde 12 de agosto, para fortalecer o enfretamento contra os crimes dentro da unidade prisional. A Sesp divulgou na última segunda-feira (16) o balanço da primeira fase da ação, que agora caminha para a segunda etapa.
Segundo o Sindspen (Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso), a ação é uma resposta ao pedido de socorro da categoria de agentes prisionais após a execução do agente Elison Douglas, em Lucas do Rio Verde (333 km de Cuiabá), em 30 de junho.
A Polícia Judiciária Civil confirmou que o agente prisional foi vítima de uma emboscada. Ele foi morto com pelo menos 20 tiros no momento em que chegava em casa, no bairro Tessele Júnior. Um menor confessou a autoria do crime e disse que tinha uma desavença com o servidor. A polícia, no entanto, também tem como linha de investigação uma suposta ordem para matar Elison, que teria partido de dentro da cadeia.