A morte de uma bebê recém-nascida, no último sábado (26), está sendo investigada pela Polícia Civil em Sinop, a 503 km de Cuiabá. A menina nasceu aos seis meses de gestação e morreu com apenas seis horas de vida. O Hospital Santo Antônio apontou que a causa do óbito teria sido insuficiência respiratória, pois a criança era prematura, mas a família estranhou um corte na cabeça da criança.
Uma tia-avó da criança, Mariluci Dias, disse que, durante todo o parto, a família - apesar da insistência - não obteve acesso a qualquer informação sobre o estado de saúde da mãe e da criança. “Quando ficamos sabendo de alguma coisa, já era tarde para a pequena. Eles avisaram a gente de que a bebê tinha um pequeno e superficial corte na cabeça”, contou Mariluci.
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Quando a bebê foi liberada para o velório, a família se assustou com o tamanho do corte, que se estende de uma sobrancelha até atrás da orelha. O corpo foi velado no sábado, mas depois foi submetido a perícia no Instituto Médico legal (IML) de Sinop. “Hoje a nossa família chora novamente, além de tudo o que estamos passando, recebemos a notícia de que o corpo da bebê só será liberado pelo IML no prazo daqui a 30 dias”, contou a tia-avó.
Já a mãe da criança ainda está internada, devido a uma infecção decorrente do parto. Em condição de saúde delicada, porém estável, ela recebeu a notícia de que o bebê veio a óbito somente nesta segunda-feira (27).
O delegado da Polícia Civil em Sinop, Ugo Mendonça, disse que o laudo da morte da criança ainda não está pronto. À Polícia, o médico responsável pelo parto esclareceu que a mãe passou por um parto de emergência, porque tinha perdido líquido amniótico. Portanto, a vida do bebê e da gestante estavam em risco. Porém, a causa da morte da criança foi efetivamente insuficiência respiratória, devido à condição prematura.
“O médico explicou que, na gestação, a criança fica envolvida numa bolsa d’agua, e a moça perdeu esse líquido. Quando isso acontece, essa bolsa cola no corpo da criança, e essa pode ter sido uma das causas para o corte na cabeça. Mas não foi a causa da morte pois, como a criança nasceu prematura, não desenvolveu os pulmões para poder respirar sozinho”, contou o delegado.
Em nota, a administração do hospital onde o parto foi realizado afirmou que nenhum diretor irá falar sobre o caso, mas que prestará todas as informações durante a investigação.