Os médicos que trabalham na rede pública de Cuiabá iniciaram greve por tempo indeterminado na manhã desta segunda-feira (7). Os profissionais pedem a implantação do piso nacional, que é de R$ 12,9 mil por 20 horas semanais, o pagamento das horas extras e melhores condições de trabalho. A prefeitura da capital informou que o desembargador Gilberto Giraldelli decretou a paralisação ilegal na tarde de domingo (6) e estabeleceu multa diária de R$ 50 mil caso em caso de descumprimento da decisão.
A greve afeta o Pronto-Socorro de Cuiabá, policlínicas e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Em Cuiabá, cerca de 500 médicos trabalham na rede pública.
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Eliana Siqueira, presidente do sindicato que representa a categoria, informou que o Sindimed-MT ainda não foi notificado da decisão judicial e que, quando isso ocorrer, vai recorrer. Por ora, a paralisação das atividades está mantida. "Nós entendemos que essa determinação é arbitrária e está cerceando o direito de greve", declarou.
O piso atual dos médicos concursados é de R$ 3,8 mil. Os profissionais querem também o pagamento do Reajuste Geral Anual, cumprimento dos acordos coletvos homologados na Justiça e o preenchimento adequado das escalas de plantão defasadas de médicos e profissionais de enfermagem.
A decisão do desembargador de decretar a greve ilegal atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral do município, que argumentou que o Sindimed-MT deu início à paralisação sem negociar com a prefeitura de Cuiabá. O Sindimed-MT, entretanto, afirma que a pauta da greve é a mesma há um ano e que nesse período as negociações não avançaram.