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Quinta-feira, 28 de Janeiro de 2016, 18h:25 - A | A

MEDIDA CAUTELAR

Juiz revoga medidas cautelares para bilionário austríaco preso em MT

Austríaco Werner Rydl foi preso em março de 2015 com ouro em aeroporto

G1

A Justiça Federal em Mato Grosso dispensou o empresário austríaco Werner Rydl de comparecer periodicamente ao juízo da Quinta Vara Federal para prestar contas de suas atividades e de não se ausentar de Cuiabá durante o andamento do processo penal a que ele responde por crimes contra a ordem econômica.

Dono de uma fortuna avaliada em cerca de R$ 20 bilhões, o austríaco é naturalizado brasileiro e foi detido no final de março de 2015 tentando embarcar em um avião no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, portando uma barra de ouro de 644 gramas. O empresário chegou a passar dois dias preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC) depois do flagrante no aeroporto.

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Proferida no dia 18, a decisão do juiz Jeferson Schneider, da Quinta Vara Federal, indefere o pedido de absolvição sumária feito pela defesa de Rydl, mas defere os pedidos de revogação das medidas cautelares impostas ao bilionário. As medidas foram determinadas pela Justiça como condição para que ele respondesse ao processo em liberdade após o flagrante.

A Justiça havia estabelecido que Rydl deveria comparecer periodicamente à Quinta Vara Federal para explicar suas atividades e não se ausentar de Cuiabá. Conforme a decisão de Schneider, como o réu tem mantido contato com a Vara por e-mail e se colocado à disposição para tratar das acusações e informar viagens frequentes ao exterior, também foi determinado que ele seja notificado por e-mail a respeito de uma audiência marcada para o dia 16 de março, em Cuiabá, que deverá tratar da devolução de sua carteira de identidade.

Segundo explicou o advogado André Prieto à época da detenção de Rydl, o empresário é “excêntrico” e já viajou para diversos lugares carregando a barra de ouro apreendida com ele no Aeroporto Marechal Rondon; no dia, ele tentava viajar para o estado do Pará. O austríaco considera a barra de ouro uma espécie de “amuleto”, segundo o advogado.

Histórico

Werner Rydl se mudou para o Brasil há mais de 20 anos após ser acusado de vários crimes financeiros na Áustria. Ele foi preso em 2004 a pedido do Ministério da Justiça para fins de extradição requerida pelo governo austríaco e passou quatro anos preso. Conforme a defesa, ele pagou tudo que devia para o governo daquele país e, atualmente, é considerado o maior detentor individual de ouro do país. Sozinho, possui 120 toneladas de ouro.

Em 2006, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu a extradição de Werner Rydl sob a acusação de fraude, resistência contra autoridade e organização criminal. Na época, ele alegou que se tratava de perseguição política do governo austríaco e que não tinha cometido sonegação fiscal. Ele então foi encaminhado para a Áustria e depois de três meses foi liberado por prescrição do crime, que tinha sido cometido no início da década de 90. Em 2009, ele voltou ao Brasil.

 

O austríaco mora no interior de Pernambuco, em Ponta do Mel, e teria viajado a Mato Grosso por causa dos negócios que possui nesse estado.

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