Uma jovem de 27 anos desapareceu depois de ir uma igreja, em Cuiabá. Mariane Cristina de Almeida foi vista pela última vez no dia 28 do mês ao entrar em um carro branco ao sair da igreja. Ela mora perto da mãe, no Bairro Dom Aquino, e tinha ido em uma igreja no Bairro Parque Cuiabá.
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O sumiço está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP). As investigações estão sendo conduzidas pela delegada Sílvia Virgínia Ferrari.
A mãe da jovem, Ana Domingas Santana, disse que a família inteira está preocupada com o desaparecimento da filha.
“Está difícil. Só eu, como mãe, sei o que estou passando. É um desespero, uma angústia [ficar] sem notícia. Está muito difícil ficar sem notícias dela”, desabafou.
Ana comentou que tem tentado, por conta própria, informações sobre o paradeiro da filha, mas que parte dos vizinhos e conhecidos relatam que não podem contribuir. “[A gente] liga e o celular está desligado. Ninguém tem notícia. Ninguém viu nada e não tem pista. Está complicado até para a polícia”, disse.
Ela contou que se nega a acreditar que a filha sofreu algum tipo de sequestro. Segundo a mãe, Mariane é uma pessoa tranquila e não tem inimigos. Por causa disso, ela ainda tenta entender o porquê do sumiço.
“Minha filha é uma pessoa indefesa, não fazia nada para ninguém. Ele é uma pessoa alegre e eu fico pensando como uma pessoa pode pegar minha filha e fazer algo de ruim para ela. Eu não acredito que alguém fez algo ruim para ela. Não passa pela minha cabeça”, relatou.
Desaparecimentos
Os casos de desaparecimento aumentaram quase 30% entre janeiro e agosto deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, em Mato Grosso, de acordo com o sistema que reúne informações da Polícia Militar e da Polícia Civil.
No ano passado, Cuiabá teve 214 casos durante este período. Em 2016 já foram registrados 276 casos.
Em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, foram 93 casos entre janeiro em agosto de 2015, enquanto nesse ano os casos subiram para 149, no mesmo período.
Segundo a delegada da DHPP, responsável pelo desaparecimento, a maior parte dos sumiços ocore por desentendimento entre parentes. Além disso, algumas condições físicas e mentais também contribuem para que alguma pessoa desapareça.
“Em geral são pessoas de 15 a 40 anos. O motivo, geralmente, é afastamento do convívio familiar. Às vezes, a pessoa tem algum problema dentro de casa e ela foge da família. Mas existem as pessoas que às vezes tem alguma doença mental ou pessoas mais velhas com mal de Alzheimer que saem e depois não sabem voltar”, disse.
A delegada explicou que, em casos desse tipo, não é necessário esperar 24 horas para que a situação levada até a polícia. “Isso é um mito, não existe legalmente um dispositivo. Quando alguém foge da rotina, a família deve comunicar a delegacia. Muitas vezes, as pessoas acreditam nesse mito e isso para nós são horas que estamos perdendo”, pontuou.