Domingo, 18 de Maio de 2025
icon-weather
DÓLAR R$ 5,67 | EURO R$ 6,33

18 de Maio de2025


Área Restrita

Mais lidas de Mato Grosso Terça-feira, 03 de Maio de 2016, 10:23 - A | A

Terça-feira, 03 de Maio de 2016, 10h:23 - A | A

OPERAÇÃO

Gaeco faz operação contra fraudes em licitações na Educação de MT

Esquema teria começado a ocorrer em outubro de 2015, diz Gaeco.

G1

O Gaeco deflagrou, na manhã desta terça-feira (3), a operação Rêmora, para combater fraudes em licitações e contratos administrativos de construções e reformas de escolas que teriam ocorrido na Secretaria de Educação de Mato Grosso. As irregularidades nos processos licitatórios teriam começado a ocorrer em outubro de 2015 e envolveram pelo menos 23 obras de reforma e construção de escolas públicas que totalizam mais de R$ 56 milhões.

O esquema envolveria três servidores da Seduc, sendo um deles Superintendente de Acompanhamento e Monitoramento da Estrutura Escolar. A secretaria também é alvo de busca e apreensão por parte do Gaeco. Procurada pelo G1, a pasta disse que ainda não vai se posicionar sobre a operação.

✅ Clique aqui para seguir o canal do CliqueF5 no WhatsApp

No total são 39 ordens judiciais, todas expedidas pela juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal, sendo 4 de prisão, 22 de busca e apreensão e 13 de condução coercitiva que deverão ser cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, na região metropolitana, Sinop, Rondonópolis e Juína.

De acordo com o Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado, entre os suspeitos estão servidores e empresários. Os funcionários públicos recebiam informações privilegiadas sobre as licitações e organizavam reuniões com empreiteiros para fraudar a livre concorrência do processo licitatório. Assim, as obras eram distribuídas para 23 empresas.

Os servidores públicos também tinham acesso e controle sobre os recebimentos dos empreiteiros, a fim de garantir a propina. Os empresários da construção civil evitavam a competição entre as empresas, a fim de que todas pudessem ser beneficiadas no esquema, afirma o Gaeco.

O empresário Giovani Belatto Guizardi, dono de uma construtora, foi apontado como a pessoa responsável por arrecadar a propina paga pelos empreiteiros. Após o pagamento por parte da Seduc aos empresários, os valores (que eram 5% mas caíram para 3%) eram devolvidos a parte da organização criminosa por meio de Guizardi, informou o Gaeco.

O G1 não conseguiu localizar o advogado do empresário. Entre os alvos de busca e apreensão, além da Seduc, estão as sedes de três construtoras.

Comente esta notícia

Rua Rondonópolis - Centro - 91 - Primavera do Leste - MT

(66) 3498-1615

[email protected]