Um empresário e um estudante foram condenados pela Justiça a pagarem um salário mínimo cada um, como pena pela agressão à Miss Bumbum do Distrito Federal de 2013, Juliana Medianeira Guerim, de 30 anos, em uma lanchonete fast-food, na capital, há pouco mais um ano. O dinheiro deve ser entregue à Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, em forma de doação.O G1 tentou, mas não conseguiu entrar em contato com a defesa de Juliana nesta segunda-feira (2).
O valor deve ser pago em duas parcelas de R$ 440, sendo que a primeira no próximo dia 10 e a outra no dia 10 do próximo mês, conforme decisão do juiz Mário Roberto Kono de Oliveira, do Juizado Especial Criminal de Cuiabá, da última quarta-feira (27). O magistrado ainda determinou que até o 5º dia útil, após o vencimento de cada parcela, cada um deles apresente o recibo de pagamento à Justiça.
✅ Clique aqui para seguir o canal do CliqueF5 no WhatsApp
Em junho do ano passado, Juliana e os amigos acusados de agredí-la participaram de uma audiência de conciliação, mas sem acordo. Os acusados, Tiago Mendonça Campos e Caio Padilha de Almeida, alegaram, no decorrer do processo, terem agido em legítima defesa em favor da namorada de um deles, a qual Juliana teria supostamente atingido com socos e pontapés.
Juliana foi agredida após uma briga ocorrida em uma boate, localizada na Avenida Isaac Póvoas, em Cuiabá, no dia 30 de março do ano passado.
À época, a Miss Bumbum relatou ao G1 que estava na casa noturna com algumas amigas quando começaram a ser assediadas e houve um 'princípio de briga', como ela se referiu. Um dos agressores e uma amiga dele teriam jogado bebida nela e nas amigas.
Depois desse desentendimento na casa sertaneja, Juliana e amigas saíram e foram até uma lanchonete em frente à boate. "A briga era entre mulheres. Nós estávamos entre três mulheres e eles, dois homens e uma mulher. A discussão era entre a menina e eu, mas daí ele veio e me agrediu covardemente. Me deu um soco na boca e me arremessou longe", afirmou.
Juliana contou que após ter sido agredida se dirigiu até a porta da lanchonete para evitar que o agressor e o amigo dele saíssem antes da chegada da polícia.
Após a agressão e ainda ferida, a vítima foi até a 1ª Delegacia de Polícia Civil, no Centro da cidade, onde registrou boletim de ocorrência. Ela representou contra os dois rapazes pelos crimes de lesão corporal, injúria e ameaça. Também prestou depoimento na Delegacia da Mulher e assinou Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Depois disso, o caso foi encaminhado para a Justiça.