Os candidatos à Presidência retomaram suas campanhas neste sábado (8), após terem cancelado suas agendas para a sexta-feira (7) por conta do ataque a faca sofrido pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro.
As equipes dos candidatos ainda avaliam os impactos do ataque sofrido por Bolsonaro na campanha como um todo. Segunda colocada na última pesquisa de intenção de votos divulgada pelo Ibope (atrás apenas do próprio Bolsonaro), a candidata Marina Silva (Rede) decidiu fazer uma 'caminhada pela paz' no centro de São Paulo em razão do "grave momento em que vivemos", conforme a própria Marina justificou em suas redes sociais.
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O candidato Álvaro Dias (Podemos) mencionou o atentado a Bolsonaro em sua propaganda no horário eleitoral gratuito. Álvaro desejou "rápida recuperação" ao candidato do PSL, mas fez leve provocação ao ex-capitão do Exército e defensor da liberação do porte de armas. "Sempre soube que não é na faca e nem na bala que vamos resolver os problemas", disse o candidato do Podemos.
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) também mencionou o episódio de Juiz de Fora em sua propaganda e repetiu a estratégia de condenar o uso de "facas" e "balas". O tucano, que até então vinha criticando sistematicamente Bolsonaro em diversos materiais de campanha, desta vez garantiu que ele e sua família estão "juntos nas orações pela plena recuperação do candidato Jair Bolsonaro".
"Para resolver diferenças partidárias existe a política. A política é a única arma aceitável numa disputa eleitoral. Nada justifica a violência. Chega de uns contra outros. É preciso ter serenidade", disse Alckmin em sua propaganda.
O candidato Ciro Gomes (PDT), que havia cancelado comícios no Rio Grande do Norte e no Maranhão, participou na manhã deste sábado de carreata em Juazeiro do Norte, no Ceará. Já o candidato a vice-presidente Fernando Haddad (PT), fez caminhada com a militância em Parelheiros, bairro da zona sul de São Paulo. Os candidatos Henrique Meirelles (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) não fizeram atividades públicas neste sábado.
Aliados de Bolsonaro disseram nesta manhã que a campanha do candidato do PSL deve se focar nas redes sociais a partir de agora, uma vez que o ex-capitão do Exército não deve reunir condições de retomar suas atividades na rua antes do primeiro turno, marcado para o dia 7 de outubro.