Segundo análise semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada na segunda-feira (21), o Brasil exportou 10,38 milhões de toneladas de soja para a China em junho de 2025. O volume representa uma retração de 2,28% em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Apesar da queda mensal, o desempenho no acumulado de janeiro a junho mostra avanço. Os embarques brasileiros somaram 48,44 milhões de toneladas no período, crescimento de 4,62% frente ao primeiro semestre de 2024.
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No recorte estadual, o Imea destacou o desempenho de Mato Grosso. Em junho, as exportações do estado para o mercado chinês totalizaram 3,14 milhões de toneladas, aumento de 21,01% na comparação anual. De janeiro a junho, o volume exportado alcançou 14,75 milhões de toneladas, avanço de 16,90% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
A projeção para os próximos meses é de continuidade da demanda chinesa, favorecida por fatores de mercado. “A China deve seguir impulsionando a demanda pela soja brasileira, diante da maior oferta interna e da atratividade do produto nacional frente a outros fornecedores”, apontou a análise.
Entre os fatores que aumentam a competitividade da soja brasileira, o Imea citou a recente decisão do governo argentino de retomar a alíquota cheia das “retenciones”, que são tributos sobre as exportações. Segundo a entidade, essa medida reduziu a competitividade do país vizinho no mercado internacional.
A indefinição em torno de um acordo comercial entre China e Estados Unidos também contribui para o posicionamento favorável do Brasil. De acordo com o Imea, esse cenário deve continuar beneficiando os embarques brasileiros no segundo semestre de 2025.