Redação Terra
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Astrônomos captaram sinais de rádio originados de um planeta fora do Sistema Solar, e a descoberta pode ter implicações diretas na busca por vida extraterrestre. O sinal, descrito como duradouro e com padrão regular, foi interpretado como evidência de que o planeta possui um campo magnético — um dos elementos essenciais para preservar possíveis formas de vida.
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A detecção foi feita por meio de radiotelescópios que analisam o comportamento de exoplanetas ao orbitarem suas estrelas. Neste caso, o planeta em questão está localizado a dezenas de anos-luz da Terra e ainda não teve seu nome divulgado oficialmente. A hipótese mais aceita pelos cientistas envolvidos é que o campo magnético interage com o vento estelar de sua estrela hospedeira, gerando uma emissão detectável em rádiofrequência.
A existência de um campo magnético em exoplanetas é rara e difícil de confirmar. No entanto, quando presente, ele pode desempenhar um papel semelhante ao da Terra: proteger a atmosfera de partículas solares nocivas, manter a estabilidade climática e impedir a erosão de gases essenciais à vida.
"A presença de um campo magnético é uma peça importante do quebra-cabeça para entender se um planeta pode ser habitável", afirmou um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, que ainda será publicado em revista científica especializada.
O achado também dialoga com outras descobertas recentes que vêm ampliando o otimismo da comunidade científica sobre a possibilidade de vida fora da Terra. Planetas com potencial para abrigar água líquida, atmosferas estáveis e, agora, campos magnéticos, vêm sendo encontrados com maior frequência graças ao avanço de instrumentos como o radiotelescópio LOFAR (Low Frequency Array), utilizado na pesquisa.
A emissão de rádio detectada, além de apontar para um ambiente potencialmente habitável, também inaugura uma nova metodologia para estudar exoplanetas. Em vez de depender apenas da observação óptica, os cientistas passam a contar com dados de rádio para inferir características invisíveis à luz comum, como a estrutura interna e a dinâmica do campo magnético de um planeta.
Apesar do entusiasmo, os pesquisadores destacam que não se trata de um sinal artificial, como os imaginados em obras de ficção científica. Não há indícios de que a emissão tenha origem em tecnologia alienígena. O que torna o achado valioso é justamente o caráter natural da emissão — um sinal de que aquele planeta pode reunir as condições mínimas para desenvolver ou sustentar formas de vida, mesmo que em níveis microbianos.