A pobreza e a extrema pobreza diminuíram no Brasil entre 2023 e 2024, atingindo os níveis mais baixos desde 2012, início da série histórica do IBGE. No entanto, as grandes desigualdades continuam presentes.
É o que consta na Síntese de Indicadores Sociais de 2025, divulgada pelo IBGE agora há pouco.
De acordo com o documento, a extrema pobreza recuou de 4,4% para 3,5%, o que representa um milhão e novecentas mil pessoas a menos nessa situação. A pobreza recuou de 27,3% para 23,1%, uma redução equivalente a 8 milhões e seiscentas mil pessoas.
Sem os programas sociais, esses índices seriam muito maiores. O levantamento apontou que a extrema pobreza subiria pra 10% da população e a pobreza chegaria a 28,7%.
Após se manter estável em 2023, a desigualdade de renda voltou a cair em 2024 e também alcançou o menor nível da série histórica.
O índice de Gini, que mede a concentração de renda e varia de zero (perfeita igualdade) a 1 (máxima desigualdade), estava em 0,517 em 2023. Agora, desceu para 0,504, atingindo o piso da série histórica. Sem os benefícios sociais, o Gini de 2024 seria 7,5% maior.
Os dados mostram ainda que, entre 2023 e 2024, quem mais ganhou renda foram justamente os grupos mais pobres. Os 10% com menores rendimentos tiveram aumento de 13,2%, chegando a R$ 248 ao mês.
No topo da distribuição, os 10% mais ricos registraram avanço mais modesto, de 1,6%, atingindo média de R$ 7.983.
Ainda assim, os mais ricos recebem 32 vezes mais que os mais pobres.
As desigualdades raciais continuam marcantes. A renda da população branca é 65,9% maior do que a da população preta e parda. Entre pessoas brancas, 15,1% são pobres. Entre pessoas pretas, o índice chega a 25,8%, e entre pessoas pardas vai a 29,8%.
Na Educação, as más notícias estão no atraso escolar, que aumentou entre crianças de 6 a 10 anos. E cerca de 8 milhões e quinhentos mil jovens de 15 a 29 anos já abandonaram o ensino médio.
Por outro lado, a média de anos de estudo entre jovens adultos chegou a 11,9, muito próxima da meta de 12 anos prevista pelo Plano Nacional de Educação.
O Nordeste registrou taxa de analfabetismo de 11,1%, mais que o dobro da média nacional, que é de 5,3%.
















