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Apontamentos do IBGE

Pobreza cai ao menor nível em 12 anos, mas desigualdades seguem elevadas

Síntese de Indicadores Sociais mostra avanço de renda entre os mais pobres, queda no índice que mede a concentração de renda e impacto decisivo dos programas sociais; disparidades raciais e atraso escolar continuam preocupando

Administração

Por Gabriel Freitas-CBN 
Foto-Diário do Comércio
 
 

A pobreza e a extrema pobreza diminuíram no Brasil entre 2023 e 2024, atingindo os níveis mais baixos desde 2012, início da série histórica do IBGE. No entanto, as grandes desigualdades continuam presentes.

É o que consta na Síntese de Indicadores Sociais de 2025, divulgada pelo IBGE agora há pouco.

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De acordo com o documento, a extrema pobreza recuou de 4,4% para 3,5%, o que representa um milhão e novecentas mil pessoas a menos nessa situação. A pobreza recuou de 27,3% para 23,1%, uma redução equivalente a 8 milhões e seiscentas mil pessoas.

Sem os programas sociais, esses índices seriam muito maiores. O levantamento apontou que a extrema pobreza subiria pra 10% da população e a pobreza chegaria a 28,7%.

Após se manter estável em 2023, a desigualdade de renda voltou a cair em 2024 e também alcançou o menor nível da série histórica.

O índice de Gini, que mede a concentração de renda e varia de zero (perfeita igualdade) a 1 (máxima desigualdade), estava em 0,517 em 2023. Agora, desceu para 0,504, atingindo o piso da série histórica. Sem os benefícios sociais, o Gini de 2024 seria 7,5% maior.

Os dados mostram ainda que, entre 2023 e 2024, quem mais ganhou renda foram justamente os grupos mais pobres. Os 10% com menores rendimentos tiveram aumento de 13,2%, chegando a R$ 248 ao mês.

No topo da distribuição, os 10% mais ricos registraram avanço mais modesto, de 1,6%, atingindo média de R$ 7.983.

Ainda assim, os mais ricos recebem 32 vezes mais que os mais pobres.

As desigualdades raciais continuam marcantes. A renda da população branca é 65,9% maior do que a da população preta e parda. Entre pessoas brancas, 15,1% são pobres. Entre pessoas pretas, o índice chega a 25,8%, e entre pessoas pardas vai a 29,8%.

Na Educação, as más notícias estão no atraso escolar, que aumentou entre crianças de 6 a 10 anos. E cerca de 8 milhões e quinhentos mil jovens de 15 a 29 anos já abandonaram o ensino médio.

Por outro lado, a média de anos de estudo entre jovens adultos chegou a 11,9, muito próxima da meta de 12 anos prevista pelo Plano Nacional de Educação.

O Nordeste registrou taxa de analfabetismo de 11,1%, mais que o dobro da média nacional, que é de 5,3%.

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