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Mais de 80% dos prédios destruídos

ONU acredita que reconstrução de Gaza vai demorar 'décadas'

Um porta-voz do programa, Jaco Cilliers, descreveu a situação como 'devastadora', dizendo que ao menos 55 milhões de toneladas de escombros precisam ser removidos.

Administração

Por Redação-CBN
Foto-Carta Capital

Em entrevista coletiva nesta terça-feira (14), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento divulgou detalhes sobre a situação em Gaza após o cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas, além de destacar como será a reconstrução.

 

Segundo a ONU, um retorno completo de Gaza pode levar 'décadas'. Os especialistas afirmam que mais de 80% de todos os edifícios na Faixa de Gaza estão destruídos ou danificados, enquanto na capital, Cidade de Gaza, o número chega a 92%.

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Um porta-voz do programa, Jaco Cilliers, descreveu a situação como 'devastadora', dizendo que ao menos 55 milhões de toneladas de escombros precisam ser removidos: 'o equivalente a 13 pirâmides no Egito'.

O valor para a reconstrução também não será pouco. A expectativa é de pelo menos US$ 70 bilhões e a ONU diz que há conversas com diversos governos, como dos Estados Unidos e na Europa, para colaborar com essa situação. Inicialmente, a expectativa era que o valor fosse de US$ 53 bilhões.

O programa da ONU ainda destaca que os próximos anos serão para mapear as prioridades, com necessidade de US$ 20 bilhões já inicialmente. Eles destacam que nem tudo será possível ser reconstruído nesse primeiro momento.

Ao todo, a guerra em Gaza deixou 67 mil mortos. Apesar disso, desde a entrada no enclave palestino, os voluntários e a Cruz Vermelha já acharam muitos corpos, podendo fazer os dados aumentarem.

Outro ponto levantado é sobre o setor privado de Gaza, que praticamente acabou. Segundo os dados revelado nesta terça (14), 88% das empresas foram completamente ou parcialmente destruídas. 

Trump defende 'reconstruir Gaza' e foge sobre criação do Estado da Palestina 

Ônibus com prisioneiros palestinos chega em Gaza. — Foto: Divulgação

Ônibus com prisioneiros palestinos chega em Gaza. — Foto: Divulgação

Ao retornar do Egito para os Estados Unidos, o presidente Donald Trump falou rapidamente com a imprensa a bordo do avião Força Aérea Um. Ele defendeu estar feliz com o acordo de cessar-fogo que respondeu às 'orações de milhões'.

O republicano afirmou que quer reconstruir Gaza ao ser questionado sobre a consolidação de um Estado da Palestina. Ele não respondeu o que defenderia, se a chamada solução de dois estados ou apenas a continuação de Israel como único país reconhecido da área. 

'Não estou falando de um único Estado, de dois Estados ou de dois Estados. Estamos falando da reconstrução de Gaza. Muitas pessoas gostam da solução de um Estado. Algumas pessoas gostam da solução de dois Estados. Teremos que ver. Eu não comentei sobre isso'. 

A proposta de longo prazo de Trump, com 20 pontos, inclui um 'conselho de paz' para supervisionar a criação de uma autoridade de transição para o território, presidida pelo presidente dos EUA. 

Segunda fase do acordo 

Presidente de Israel, Isaac Herzog, ao lado de Donald Trump e Benjamin Netanyahu. — Foto: JACK GUEZ / AFP

Presidente de Israel, Isaac Herzog, ao lado de Donald Trump e Benjamin Netanyahu. — Foto: JACK GUEZ / AFP

Os Estados Unidos vão tentar implementar agora a segunda fase do plano de paz proposto pelo presidente Donald Trump para a Faixa de Gaza. A primeira parte terminou nessa segunda (13) com a troca de 20 reféns israelenses por quase dois mil prisioneiros palestinos – além da assinatura do cessar-fogo no Egito.

A segunda etapa do acordo inclui questões desafiadoras como o desarmamento do grupo terrorista Hamas; a formação de um governo em Gaza; e discussões para a criação do Estado Palestino.

Nessa segunda (13), depois de passar por Israel para acompanhar a libertação dos reféns, o presidente americano assinou com outros líderes mundiais o cessar-fogo numa cerimônia em Sharm El-Sheikh, no Egito.

Também assinaram o tratado o egípcio Abdul Fatah Al-Sisi; o emir do Catar, xeique Hamad Al Thani, e o turco Tayyip Erdogan, que intermediaram o acordo. 

O plano foi assinado sem a presença do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e de representantes do Hamas.

Mais de 30 líderes e chefes de organizações participaram da Cúpula Internacional da Paz no Egito, incluindo o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que controla a Cisjordânia.

O presidente americano declarou que a paz no Oriente Médio será duradoura.

O Banco Mundial calcula que a reconstrução da Faixa de Gaza vai custar cerca de 80 bilhões de dólares. E as Nações Unidas estimam que 78% das construções foram destruídas ou danificadas em dois anos de guerra e que a reconstrução pode demorar 70 anos.

Em Roma, o presidente Lula também celebrou a libertação dos reféns, mas voltou a criticar o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a quem acusa de genocídio na tentativa de eliminar o Hamas.

Israelenses comemoram acordo de cessar-fogo para o fim da guerra em Gaza. — Foto: MAYA LEVIN / AFP

Israelenses comemoram acordo de cessar-fogo para o fim da guerra em Gaza. — Foto: MAYA LEVIN / AFP

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