O presidente argentino Javier Milei foi retirado às pressas de um evento, nesta quarta-feira (27), na Grande Buenos Aires após a caravana presidencial ser atacada com pedras.
Veja o momento da confusão:
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O evento foi organizado como um ato de campanha para as eleições legislativas na província de Buenos Aires, marcadas para 7 de setembro.
"Militantes da velha política, kirchnerismo em estado puro e um modelo de violência que só os homens das cavernas do passado querem: atacaram a pedradas a caravana que transportava o Presidente da Nação", escreveu o porta-voz do governo, Manuel Adorni, nas redes sociais.
A ministra de Segurança Nacional, Patrícia Bullrich, também se manifestou pelas redes e afirmou: "O kirchnerismo organizou um ataque ao presidente em Lomas de Zamora, colocando em risco as pessoas e famílias que o acompanhavam."
"Esses indivíduos, para recuperar algum poder, semeiam violência e caos. Kirchnerismo Nunca Mais", completou Bullrich.
A intenção do governo é impulsionar os candidatos locais que buscam vagas na Assembleia Legislativa e no Senado de Buenos Aires.
A expectativa é que Milei participe de outros eventos de campanha em várias partes de Buenos Aires até a eleição.
A participação do presidente – e de sua irmã – no evento de campanha acontece em um momento em que o governo é pressionado por um escândalo no qual Karina Milei é apontada como suposta beneficiária direta de um possível esquema de corrupção envolvendo a devolução de verbas por meio da Andis (Agência Nacional para a Deficiência).
Em evento na segunda-feira (25), Milei não abordou as acusações, mas disse que a oposição tenta "semear o caos".
"Numa época em que o kirchnerismo (oposição) está aberta e descaradamente semeando o caos e tentando criar instabilidade, quero dizer que nada disso nos assustará, porque acabamos com o déficit (fiscal) de 123 anos em um único mês", afirmou Milei.
Ele também defendeu sua irmã pelo que ele chamou de "tarefa titânica" de organizar o partido em nível nacional. "Obrigada, chefe", disse ele.
Durante participação no WW, Thiago Vidal, diretor de análise política da Prospectiva, apontou que o escândalo representa a segunda e mais grave crise desde que Milei assumiu o poder em dezembro de 2023.