Aviões e tanques israelenses continuaram bombardeando áreas orientais da Cidade de Gaza durante a noite, matando pelo menos 11 pessoas, disseram testemunhas e médicos nesta terça-feira (11), enquanto o líder do Hamas, Khalil Al-Hayya, está no Cairo em negociações para retomar um plano de cessar-fogo apoiado pelos Estados Unidos.
A última rodada de negociações indiretas no Catar terminou em impasse no final de julho, com Israel e o grupo militante palestino Hamas trocando acusações sobre a falta de progresso em uma proposta americana para uma trégua de 60 dias e um acordo para a libertação de reféns.
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Desde então, Israel afirmou que lançará uma nova ofensiva e tomará o controle da Cidade de Gaza, que capturou logo após o início da guerra, em outubro de 2023, antes de se retirar. Os militantes se reagruparam e têm travado uma guerra em grande parte de guerrilha desde então.
Não está claro quanto tempo uma nova incursão militar israelense na extensa cidade no norte do território palestino, agora amplamente reduzida a escombros, poderia durar ou como ela se diferenciaria da operação anterior.
Mas o plano do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de expandir o controle militar sobre Gaza, com lançamento previsto para outubro, aumentou a indignação global contra a devastação generalizada do território e a crise de fome que se alastra entre a população de Gaza, em grande parte sem-teto, de mais de dois milhões de pessoas.
Também gerou críticas em Israel, com o chefe do Estado-Maior Militar alertando que a operação poderia colocar em risco os reféns sobreviventes e se tornar uma armadilha mortal para os soldados israelenses.
Testemunhas e médicos disseram que aviões e tanques israelenses bombardearam novamente os bairros orientais da Cidade de Gaza durante a noite, matando sete pessoas em duas casas no subúrbio de Zeitoun e quatro em um prédio de apartamentos no centro da cidade.
No sul do território, cinco pessoas, incluindo um casal e seu filho, foram mortas por um ataque aéreo israelense a uma casa na cidade de Khan Younis e quatro por um ataque a um acampamento de tendas na vizinha cidade costeira de Mawasi, disseram médicos.
O exército israelense afirmou estar investigando os relatos e que suas forças tomam precauções para mitigar os danos aos civis.