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Economia

Inflação desacelera e fica em 0,26% em maio, diz IBGE

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (10/5) pelo IBGE, órgão responsável por medir a inflação oficial do país

Metrópoles
Foto-Oito e Meia

 

 

Os preços de bens e serviços do país subiram 0,26% em maio, o que representa uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando registrou taxa de 0,43% em abril. Dessa forma, nos últimos 12 meses o Brasil tem inflação acumulada de 5,32% — acima do teto da meta, que é de 4,50% (entenda o sistema de metas abaixo). No ano, o índice acumula alta de 2,75%.

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O resultado do mês passado ficou abaixo do esperado por analistas do mercado financeiro. A mediana das previsões do mercado e do relatório Focus era de alta de 0,32% e 0,37%, respectivamente.

 

Os dados fazem parte do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país e foi divulgado nesta terça-feira (10/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o resultado mensal foi influenciado, principalmente, pelo avanço de 1,19% do grupo Habitação.

O que é IPCA

  • Refletindo o custo de vida e o poder de compra do cidadão brasileiro, o IPCA é calculado desde 1979 pelo IBGE.
  • O IPCA é considerado o termômetro oficial da inflação e é usado pelo Banco Central para ajustar a taxa básica de juros, a Selic.
  • Ele mede a variação mensal dos preços na cesta de vários produtos e serviços, comparando-os com o mês anterior. A diferença entre os dois itens da equação representa a inflação do mês observado.
  • O IPCA tem por meta pesquisar dados nas cidades, de forma a englobar 90% das pessoas que vivem em áreas urbanas no país.
  • O índice pesquisa preços de categorias como transporte, alimentação e bebidas, habitação, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação, comunicação, vestuário, artigos de residência, entre outros.

Meta contínua

A partir deste ano, a meta de inflação do Brasil é contínua. Ou seja, o índice é apurado mês a mês. Se acumulado em 12 meses ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.

Em 2025, a meta inflacionária é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual – isto significa piso de 1,5% e teto de 4,5%. Ela será considerada cumprida se oscilar dentro desse intervalo de tolerância.

 

O objetivo é estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), formado por:

Se a meta for descumprida, o BC precisa divulgar carta aberta ao ministro da Fazenda — neste caso, Fernando Haddad — explicando as razões para o estouro. A autoridade monetária contém o avanço dos preços por meio da taxa Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) a cada 45 dias.

A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 17 e 18 de junho. No último encontro, a diretoria do Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a Selic para 14,75% ao ano — maior valor da taxa em quase duas décadas, em 2006.

A elevação dialoga com a indicação feita no encontro feito em março, quando o comitê indicou que o ciclo de aperto monetário (ou seja, o aumento dos juros) não estava encerrado, mas frisou que o próximo aumento “seria de menor magnitude”.

A inflação para o mercado

As projeções do mercado financeiro para a inflação deste ano seguem distantes da meta. Segundo o relatório Focus mais recente, a estimativa dos analistas consultados pelo Banco Central para o IPCA está em 5,44% — a segunda queda consecutiva nas previsões.

O próprio BC — que tem o papel de controlar o avanço da inflação por meio da taxa básica de juros (a Selic) — informou que há 70% de probabilidade de a meta inflacionária ser descumprida neste ano.

 

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