Quinta-feira, 14 de Agosto de 2025
icon-weather
DÓLAR R$ 5,41 | EURO R$ 6,32

14 de Agosto de2025


Área Restrita

DESTAQUES Quinta-feira, 14 de Agosto de 2025, 08:03 - A | A

Quinta-feira, 14 de Agosto de 2025, 08h:03 - A | A

Ataques as sedes dos Três Poderes

"Estamos esquecidos em uma penitenciária da Argentina”, diz foragida do 8/1

Presa após pedido de extradição, brasileira diz se sentir negligenciada por governo Milei e abandonada por políticos bolsonaristas

 
Luciana Taddeo, da CNN, de Buenos Aires
Foto-Jovem Pan
 
 

Após quebrar, em fevereiro do ano passado, a tornozeleira eletrônica que usava no Brasil, fugir para a Argentina e acabar presa, a paranaense Ana Paula de Souza diz se sentir abandonada.

Condenada pelos ataques às sedes dos Três Poderes da República em 8 de janeiro de 2023, em Brasília, ela e outros quatro brasileiros estão presos no complexo penitenciário de Ezeiza, em Buenos Aires, à espera do julgamento de extradição para o Brasil.

A audiência, marcada inicialmente para o dia 18 de junho pelo Tribunal Federal Criminal número 3, foi adiada duas vezes e acabou suspensa a pedido de um dos advogados defensores dos foragidos, que apresentou recursos em segunda instância. 

✅ Clique aqui para seguir o canal do CliqueF5 no WhatsApp

✅ Clique aqui para entrar no grupo de whatsapp 

“Nós estamos esquecidos em uma penitenciária da Argentina”, diz a foragida à CNN. “Estamos simplesmente abandonados, jogados às traças e ninguém se preocupa. A nossa vida não importa, a nossa família não importa, a nossa saúde não importa”, completa.

Prisão

Em entrevista concedida por telefone fixo, que ela atende quando está sozinha no local onde está detida, ela conta que antes estava em um lugar pior do complexo penitenciário. “Eu estava num pavilhão com onze pessoas. Sem banho de sol. Sem porcaria nenhuma”, relata.

A prisão aconteceu após a emissão de mandados pelo juiz federal Daniel Rafecas, depois de o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), solicitar a extradição de dezenas de condenados pelo 8/1 que estavam foragidos na Argentina.

Ana Paula de Souza pediu refúgio para a Conare (Comissão Nacional para os Refugiados da Argentina) e acreditava estar protegida, após o início da tramitação. Mas acabou presa perto do local onde morava, na capital Buenos Aires.

Ela acredita que a própria comissão argentina passou seus dados de residência para as autoridades que efetuaram sua prisão. “Eu confiei nesse país. E eu segui a lei desse país. E pra quê? Sendo que a própria instituição que iria nos proteger foi a que primeiro nos traiu, que me entregou para a polícia”, alega.

Souza conta que fugiu do Brasil em um ônibus e entrou na Argentina por uma fronteira seca regular, que conecta Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina, à cidade argentina de Bernardo de Irigoyen, apresentando seu documento de identidade.

Comente esta notícia

Rua Rondonópolis - Centro - 91 - Primavera do Leste - MT

(66) 3498-1615

[email protected]