Cientistas anunciaram nesta quarta-feira (18) a descoberta de um fóssil de dinossauro na Mongólia que pode mudar o entendimento sobre a origem dos chamados “dinossauros de cabeça dura”.
O exemplar viveu há cerca de 115 milhões de anos e é o mais antigo e completo já encontrado desse grupo (veja representação artística ACIMA).
O animal recebeu o nome de Zavacephale rinpoche e tinha pouco mais de 1 metro de comprimento e cerca de 6kg.
Segundo paleontólogos, esses animais ficaram conhecidos por ter o topo do crânio extremamente espesso, formando uma espécie de capacete ósseo.
Os cientistas acreditam que a estrutura poderia servir como defesa contra predadores, mas também tinha funções sociais, como disputar parceiros ou afastar rivais.
Até agora, porém, os fósseis disponíveis dessa espécie eram escassos e fragmentados, o que deixava em aberto dúvidas sobre como e quando essa característica teria surgido.
O novo achado, contudo, preserva mais da metade do esqueleto, incluindo crânio quase completo, parte da cauda, ossos das patas dianteiras e até pedras no estômago usadas para ajudar na digestão.
No caso do Zavacephale (“Zava” significa “origem” em tibetano, “cephale” vem do latim para cabeça e “rinpoche” quer dizer “precioso”), a formação aconteceu cedo e de maneira distinta das outras, o que sugere uma evolução mais complexa do que se pensava.
O grupo dos paquicefalossauros faz parte dos dinossauros herbívoros conhecidos como ornitisquianos, que incluem também os ceratopsianos, com seus grandes chifres, e os estegossauros, famosos pelas placas nas costas.
Todos tinham estruturas ósseas chamativas ligadas à proteção, mas também ao comportamento social e reprodutivo.
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Fóssil do crânio do Zavacephale rinpoche, dinossauro de 115 milhões de anos achado na Mongólia. — Foto: North Carolina Museum of Natural Sciences