As defesas de Jair Bolsonaro e de Braga Netto apostam em pelos menos duas “armas” para tentar conseguir “reviravolta” no inquérito do golpe, que se encaminha para a fase final no STF.
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Com seus clientes réus na ação, os advogados de Bolsonaro e Braga Netto têm reunido materiais e alinhado discursos para tentar descreditar a delação de Mauro Cid, uma das principais bases da investigação.
Celso Vilardi, advogado de Bolsonaro, deu uma amostra da estratégia durante o interrogatório do ex-ajudante de ordens, na segunda-feira (9/6), quando questionou Mauro Cid justamente sobre isso.
“Ele conhece um perfil chamado @gabrielar702? Já ouviu falar?”, questionou Vilardi. Nervoso, Cid gaguejou e respondeu: “Esse perfil não sei se é da minha esposa. Mas Gabriela é o nome da minha esposa.”
Na avaliação da defesa, esse materiais podem ensejar pedidos de novas diligências no processo ou até de uma “revisão criminal” do caso, após concluído o julgamento dos réus pela Primeira Turma do STF.
Braga Netto aponta em fala sobre dinheiro
Já a defesa de Braga Netto vai apostar na estratégia de questionar a declaração de Mauro Cid de que o general da reserva teria entregado ao ex-ajudante de ordens dinheiro para manter os acampamentos golpistas.
Advogado de Braga Netto, José Luis de Oliveira Lima, o Juca, pretende pedir, por exemplo, imagens das câmeras do Palácio do Planalto, local onde o general teria recebido o dinheiro, segundo Mauro Cid.