Mesmo com o período proibitivo às queimadas em vigor desde o dia 1º de julho (Cerrado), os incêndios, tanto em áreas rurais próximas a Primavera, quanto em lotes urbanos estão se intensificando. Vale lembrar que no perímetro urbano o fogo é proibido ao longo do ano todo, sendo passível de penalidades criminais, que for pego em flagrante, praticando a ação.
Por outro lado, além dos transtornos causados pelo fogo em qualquer destes ambientes, colocando em risco lavouras, maquinários e residências, os quais envolvem a questão patrimonial, os malefícios ao ambiente e à saúde são outro aspecto significativo. Diante disso o município adota uma postura enérgica e com intenção de sempre informar e orientar quanto aos possíveis problemas.
Segundo Paulo Rocha, coordenador da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente do município “estamos no período proibitivo, que vai até setembro e não pode haver focos de incêndio na área rural. Na cidade a proibição ocorre durante todo o ano e de acordo com a legislação, orientamos e solicitamos à população para evitar qualquer tipo de ação que possa vir a resultar em incêndio: descarte incorreto de materiais, bitucas de cigarro jogadas próximo ao mato seco, tudo o que pode contribuir para focos de incêndio deve ser evitado”, alerta.
A queima de resíduos, especialmente plásticos e materiais orgânicos, libera poluentes tóxicos no ar, comprometendo a qualidade do ar e aumentando os índices de doenças respiratórias e cardiovasculares entre a população. E ainda segundo o Coordenador, “o impacto é negativo na biodiversidade, desequilibra, afeta o solo, pois destrói nutrientes de modo temporário e impacta ao final na saúde humana e por último também reflete na economia”, completa.
Muitas vezes, esses incêndios se espalham incontrolavelmente, afetando áreas verdes, habitats de animais e até mesmo residências, resultando em perdas materiais e danos irreversíveis ao ecossistema. E para tentar evitar a maior proliferação dos focos de calor, é feito um monitoramento entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), Corpo de Bombeiros e demais autoridades, através de satélites, o que proporciona maior segurança para combater as ocorrências.
E como explica o Comandante do Corpo de Bombeiros, Major Bruno Iop “o período de estiagem requer um grande preparo de toda a população, seja na área rural ou urbana, para enfrentar eventuais incêndios”. Foi com esse intuito que a 6ª Cia. realizou no mês de maio, palestras em escolas, divulgação junto à mídia e parcerias sobretudo com o Sindicato Rural. “Nosso intuito foi disseminar estas informações da melhor e da mais ampla forma possível", explica ele.
A ideia é conscientizar aos cidadãos para que evitem situações relacionadas aos incêndios e que denunciem, caso vejam algo suspeito ou até mesmo alguém colocando fogo, às autoridades policiais. Sobre quem for pego provocando incêndio seja na área rural, no período proibitivo, ou na área urbana será preso em flagrante delito e conduzido à Delegacia, sendo que além da prisão, deverá pagar multa e continuar a responder na justiça.