Em meio a megaoperação no Rio de Janeiro, que deixou mais de 100 pessoas mortas, sendo dois policiais civis e dois militares, o deputado federal Nikolas Ferreira postou em sua conta no X, no último dia 28 de outubro: “Menos Wagner Moura, mais Capitão Nascimento”.
Megaoperação
- Pelo menos 121 pessoas foram mortas durante a megaoperação contra o Comando Vermelho deflagrada na manhã da última terça-feira (28/10), no Rio de Janeiro.
- Entre os mortos, há quatro policiais – dois civis e dois militares.
- Segundo o governo, o objetivo da operação era de desarticular a estrutura do Comando Vermelho (CV), principal facção do tráfico no estado, e apreender fuzis que a organização criminosa portava.
- A operação é considerada a mais letal da história do Rio.
- De acordo com o governador, quatro policiais foram mortos por “narcoterroristas durante a Operação Contenção”.
A publicação do político viralizou rapidamente na rede social. Mas afinal, qual é o papel do Capitão Nascimento (foto em destaque), personagem do filme Tropa de Elite, do diretor José Padilha, na fala de Ferreira?
O Capitão Roberto Nascimento, líder da equipe Alfa do Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) vivido por Wagner Moura na produção de 2007, é considerado “incorruptível”.
José Padilha afirmou em entrevistas da época que o personagem serve para fazer uma crítica da polícia carioca. “O Tropa elegeu um policial particularmente violento como personagem principal. E mais, tentou explicar a lógica por trás do comportamento deste policial, enquanto mostrava as violências e atrocidades que ele cometida contra os excluídos”, afirmou ao Omelete, em 2017.
Exatamente pelo histórico do personagem, internautas compartilharam falas do Capitão em Tropa de Elite II, continuação do primeiro filme, para rebater Ferreira.
Em uma delas o policial fala: “Deputado Fraga, metade dos seus colegas aqui nessa casa deveria estar na cadeia. Metade é pouco, deputado. Aqui tem uns seis ou sete de ficha limpa”.
Capitão Nascimento
Em outro trecho, ele diz: “A verdade é que a Polícia Militar do Rio tem que acabar. Tenho 21 anos de polícia e não sei dizer por que matei, por quem matei. Mas o que posso afirmar é que o policial não puxa esse gatilho sozinho”.




















