A secretária Municipal de Ordem Pública, Juliana Chiquito Palhares, reforçou que a atitude da Prefeitura de Cuiabá em retirar os ambulantes que atuam na Rua 13 de Junho e adjacentes não é um ato de guerra e tem o objetivo de desobstruir as vias.
“A Prefeitura está empenhando os esforços para minimizar as consequências. Não é uma disputa entre lojistas e comerciantes ambulantes, mas sim a desobstrução das vias públicas”, pontuou Chiquito em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (5).
Os ambulantes estão sendo retirados da rua 13 de junho nesta quinta. Aqueles que desejarem, poderão se cadastrar junto à Prefeitura para transferir seus negócios para o Shopping Orla. Além disso, o Executivo municipal trabalha em parcerias com Sebrae para aportar ainda mais os comerciantes.
“São pessoas que estão buscando a sobrevivência, nós sabemos disso. Todavia, existe um regramento legal para isso. Nós precisamos cumprir a lei. A Prefeitura ofertou o Shopping Orla, teve uma parcela que se cadastrou. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico está trabalhando com parcerias com o Sebrae, de trazer qualificação para essas pessoas, de saber qual é o seu negócio, qual é o seu público. Nós estimamos que quase 300 ofertas de vagas de empregos formais estavam disponíveis [para os ambulantes]”, disse a secretária.
Além da desobstrução das vias, outro problema é a origem ilegal dos produtos comercializados. Chiquito foi enfática e informou que a Prefeitura não pode chancelar a venda de matérias cuja origem é desconhecida.
“Muitos produtos comercializados na região central são produtos cuja origem é desconhecida. São produtos que entram no nosso Estado sonegando impostos. São produtos que fazem mal à saúde, como óculos escuros, sem as devidas certificações. Então, a Prefeitura também não pode amparar e chancelar a comercialização desse tipo de material”, enfatizou.
Até o momento, nenhum produto foi apreendido, mas a secretária explicou que caso algum ambulante insista em montar a tenda em local indevido, os produtos serão levados. Além disso, se não for possível comprar a origem lícita, as mercadorias serão destruídas.