A apresentação do DJ Kuririn, conhecido por músicas com letras polêmicas, durante o Arraiá 2025 da Escola Estadual Liceu Cuiabano Maria de Arruda Müller, em Cuiabá, no dia 27 de junho, gerou repercussão nas redes sociais e foi alvo de críticas. O evento arrecadou mais de R$ 40 mil para obras na escola, e recebeu elogios da comunidade escolar, mas também gerou questionamentos sobre a escolha artística.
Em nota oficial, a direção da escola afirmou que a festa seguiu as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que prevê o diálogo com a diversidade cultural. A programação incluiu manifestações tradicionais, como Siriri, Capoeira, quadrilha e o funk, apresentado como “Ritmada Cuiabana”. A direção informou que aproximadamente 90% das músicas do DJ foram previamente censuradas para adequação ao ambiente escolar, mas reconheceu uma “falha pontual” durante a interação ao vivo.
LEIA MAIS: Famoso por músicas polêmicas, DJ Kuririn se apresenta em escola de Cuiabá e gera debate
Pais, alunos e professores descreveram a festa como “organizada” e “animada”. No entanto, vídeos de trechos da apresentação viralizaram nas redes, atraindo debates. Em resposta, a gestão do Liceu Cuiabano acusou alguns veículos e políticos de sensacionalismo e ressaltou que não houve reclamações formais junto à escola ou à Secretaria Estadual de Educação.
A direção informou que a escolha das atrações foi aprovada por meio de votação com a comunidade escolar e destacou que o foco do evento foi a valorização da diversidade cultural. Também frisou que a unidade tem trabalhado para melhorar sua infraestrutura e elevar os índices educacionais, com mais de 80 alunos aprovados em universidades federais em 2024. “Não somos um ‘baile funk’. Somos uma escola plural”, afirmou o diretor Lucas Alves Vaz.
A direção do Liceu Cuiabano anunciou que pretende reforçar os critérios de escolha para eventos futuros e desenvolver um projeto pedagógico sobre funk e cultura periférica. A Secretaria Estadual de Educação informou que, até o momento, não há processos administrativos abertos contra a unidade escolar.
VEJA A NOTA NA ÍNTEGRA