Uma pesquisa do Sebrae/MT (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Mato Grosso) neste ano aponta a falta de capital, a burocracia excessiva e as dificuldades para obter crédito como as três principais barreiras às mulheres que decidem empreender. A analista técnica da entidade, Driely Sena, ressaltou ao HNT TV outra conjuntura preocupante: a diferença entre os juros praticados aos homens e mulheres. Dados de estudo desenvolvido pelo Sebrae nacional no qual as empreendedoras pagam cerca de 40,6% de juros, enquantos os homens 36,8%. Conforme a especialista, essa porcentagem contribuí ao endividamento e limita a expansão dos negócios.
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"Apesar de ter uma avanço significativo nos últimos anos, as empreendedoras ainda enfrentam a questão do acesso a crédito, por exemplo. Muitas delas citaram que sem esse acesso a crédito não conseguem expandir seus negócios e se sentem receosas porque têm mais dificulddes com relação aos impostos", falou Driely Sena ao podcast do Hipernotícias.
Apesar de ter uma avanço significativo nos últimos anos, as empreendedoras ainda enfrentam a questão do acesso a crédito
Para a parcela de mulheres ouvidas pelo Sebrae em fevereiro deste ano que conseguiram acesso ao crédito, 22% destacaram as taxas de juros elevadas como motivo para não conseguir manter o fluxo de caixa e forçá-las a reduzir a margem de lucro, garantindo sobrevida aos negócios.
PROVEDORAS DO LAR
Driely observou que o esforço para manter as portas abertas tem nome e sobrenome: família e filhos. Enquanto 32% optam por empreender para realizar sonhos e 40% para adquirir liberdade, 58% - mais da metade - dá esse passo por necessidade financeira. Nesse contingente, 64% das empreendedoras são provedoras do lar e 51% mães.
"Muitas mulheres buscam isso por serem provedoras dos seus lares. Essas mulheres não têm só uma atividade principal, mas têm a atividade principal como cabelereira, manicure e inúmeras secundárias. Por isso empreendem, pois é uma forma de conseguir renda em diversas atividades", disse a especialista.
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