A presidente do Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso (CRO-MT), Wânia Dantas, afirmou que a investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre um suposto desvio de R$ 40 milhões do Conselho Federal de Odontologia (CFO) não afeta a credibilidade da regional, devido ao fato de o CRO-MT ter “independência administrativa e financeira”.
O escândalo foi denunciado pelo site Metrópoles na semana passada, que tem, entre os envolvidos, o cirurgião-dentista cuiabano, Luiz Evaristo Volpato, tesoureiro da entidade na época. Ex-diretores do conselho federal assinaram contrato com a empresa Solstic Capital, que seria uma intermediária com o Banco BTG Pactual para ajudarem os cirurgiões-dentistas a conseguirem linhas de crédito. No entanto, os depósitos começaram a atrasar e a Solstic ofereceria 5% de comissão a quem atraísse novos investidores para a empresa.
Wânia explicou que o CRO-MT foi a primeira regional a cobrar esclarecimentos ao Conselho Federal e que, juntamente com outros 17 conselhos, assinou abaixo-assinado reiterando os esclarecimentos.
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A presidente também destacou que todos os anos passam por auditoria interna e externa e que tiveram as contas aprovadas, sem ressalvas, pelo Tribunal de Contas. “O CRO ainda aderiu ano passado ao Programa Anticorrupção do Tribunal de Contas da União. Também é o único regional que tem todas as contas revisadas e assinadas pela Comissão de Tomada de Contas”, finalizou.
Já por meio de nota, a presidente do conselho cobrou celeridade na apuração dos fatos, investigações com rigor e que as medidas cabíveis sejam tomadas. “Diante da situação exposta, aguardamos, com a devida brevidade, a apresentação de devolutiva ágil, acompanhada das medidas resolutivas cabíveis e dos esclarecimentos necessários”, finaliza a nota.
