Os bons resultados das políticas públicas e dos serviços entregues à população contam com o apoio essencial da controladoria interna dos órgãos públicos. O 6º Fórum de Boas Práticas de Controle Interno e Auditoria do Poder Judiciário, que teve início nesta quarta-feira (21 de outubro) e foi transmitido ao vivo pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levou aos cerca de 700 participantes o aprimoramento do conhecimento no que diz respeito à governança, gestão e monitoramento de riscos na área de auditoria e controle interno.O evento foi aberto pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha que se disse honrado por realizar esta sexta edição do evento, já que será o último realizado por um tribunal, pois passará a ser conduzido pelo Conselho nacional de Justiça (CNJ). O desembargador falou da importância do Controle Interno para a promoção de uma gestão eficiente e em conformidade com os princípios que regem a administração pública.
"Mais do que uma obrigatoriedade prevista na Constituição Federal e na Lei de Responsabilidade Fiscal, o controle interno representa uma segurança ao gestor público, servindo de suporte para garantir a adequada aplicação dos recursos públicos, a transparência e eficácia dos serviços. Trata-se, portanto, de um poderoso aliado do gestor, especialmente quando atua com mais ênfase na prevenção do que na correção dos problemas", afirmou.A grande participação de pessoas no evento, servidores da Justiça de todos o país, demonstra que o novo normal trouxe a busca da inovação, especialmente no Poder Judiciário. O presidente disse que são inovações que vieram para ficar. "Sinto-me feliz por perceber que este fórum reúne quase 700 profissionais de tribunais estaduais, federais de todos país. Isso demonstra que as inovações e o novo normal vieram para ficar. O de 2020, com todos os percalços da pandemia da Covid-19, nos mostrou que os obstáculos são oportunidades para percebermos o quão alto conseguimos pular e o quão rápido conseguimos avançar quando estamos determinados a crescer", complementou.
Na oportunidade, o presidente do TJMT entregou, de forma simbólica, o banco de boas práticas de controle interno e auditoria, que conta com 17 arquivos de iniciativas bem sucedidas e utilizadas em diversos tribunais do país.
O juiz auxiliar da Presidência do CNJ, Odair Victor de Oliveira Junior destacou a importância do evento e disse que o que "a auditoria e controle interno são essenciais para gestor, ordenador. Auditoria e controle interno têm se reinventado e o fato de compartilharmos as boas ideias, as boas inovações faz com que essas pessoas possam desempenhar suas funções com mais ânimo. Nós do judiciário temos que ser imagem e não reflexo, então é importante que a auditoria e controle interno se fortaleçam cada vez mais, tenham mais presença nos tribunais e respeito na atividade que realizam."A melhoria da gestão se dá pelo processo de aprimoramento e a troca de experiências. A coordenadora de Controle Interno do TJMT, Simone Borges da Silva, responsável pela organização do fórum em Cuiabá, destaca que o objetivo do fórum é "promover a qualidade e a inovação de boas práticas e estudos de casos compartilhados que contribuem para a evolução e a valorização da atividade da auditoria interna, aliadas às diretrizes do CNJ após as edições das resoluções N. 308 e 309.
Palestras - "Impactos da Pandemia no trabalho da auditoria" foi o tema da primeira palestra proferida pelo auditor do Tribunal de Contas da União, Salvatore Palumbo. Os desafios para trabalho da auditoria e o cenário provável para a auditoria foram alguns dos pontos abordados. "A palavra chave nessa realidade é colaboração. As competências passam por novas exigências. Nessa transição para a nova realidade de trabalho distribuído procedimentos remotos em auditoria. Não vislumbro um trabalho totalmente remoto para sempre mas o cenário provável, na minha avaliação, é que o trabalho remoto vai se tornar usual, mesmo após o fim da pandemia, vão usar com mais desenvoltura as ferramentas tecnológicas no trabalho colaborativo e na aplicação de procedimentos remotos e o auditado verá com naturalidade essa forma de trabalhar. A pandemia está acelerando nosso aprendizado."
O conselheiro substituto do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), Luiz Henrique Lima falou sobre a valorização do papel da auditoria interna enquanto apoio ao controle externo. Ele ressaltou a importância do controle interno para os resultados da gestão. "Quando se fala em controle, o primeiro ponto que quero trazer para a reflexão de todos é que o controle tem uma dimensão muito além de uma atividade puramente técnica. O controle é uma atividade essencial à democracia, é o instrumento privilegiado que a sociedade e cidadão têm para acompanhar o desempenho dos representantes que elegeu."O conselheiro citou o que considera uma boa prática de colaboração entre controle externo e interno, com relação a experiência que teve quando foi relator das contas do TJMT em 2010, 2012 e 2017. Ele mencionou o avanço no aprimoramento do controle interno por parte do Poder Judiciário.
terceira e última palestra do primeiro dia do fórum foi realizada pelo auditor do Tribunal de Contas da União Wesley Vaz, que falou sobre a "Tecnologia aplicada à auditoria". A pandemia da Covid-19 veio para ‘tirar as pessoas da caixa’, principalmente nessa era da informação. "Os números da pandemia são impressionantes e calculados graças a tecnologia. As ferramentas ainda não conseguem realizar o trabalho que os auditores conseguiram fazer a partir do uso dela. Falar sobre tecnologia na auditoria é sim falar sobre uma ferramenta essencial, fundamental e necessária, mas é falar sobre uma parte da solução, que não é o todo da solução. Vivemos na era da informação que quem consegue coletar, processar e entender um conjunto grande de informações leva vantagem. Precisamos nos aprimorar no uso de ferramentas tecnológicas como estão fazendo profissionais da área do Direito, professores, que precisaram aprender a usar tecnologia da melhor maneira possível."
De acordo com o auditor essa é uma nova realidade e uma necessidade que precisa ser desenvolvida nas competências a partir de agora. Além disso, a inovação em meio aos desafios é de grande importância. "Precisamos ser especialistas nos problemas com os quais lidamos. Essa é a essência da inovação. A ideia de construção de uma boa solução para um problema complexo não está em ter uma grande ideia. Está em visualizar caminhos para se desviar desse problema. Essa é a essência da inovação prática." Após as palestras dirigente da auditoria interna do TRE-RN, Paulinéa Marise Lima de Araújo e o auditor do tribunal eleitoral Wolmer de Freitas Barboza apresentaram o case de sucesso: A experiência com o BI (Business Intelligence).
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Dani Cunha
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
Fonte: Tribunal de Justiça de MT














