A Polícia Federal indiciou mais de 30 pessoas suspeitas de usar a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar inimigos políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). O relatório foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os principais indiciados estão Bolsonaro, o filho do ex-presidente e vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), que na época dirigia a Abin, e o atual diretor-geral do órgão, Luiz Fernando Correa, indicado pelo presidente Lula (PT-SP).
No relatório de mais de 800 páginas, a PF detalha o monitoramento de inimigos políticos de Bolsonaro, como ministros, políticos e até jornalistas. Além disso, mostra a espionagem contra servidores da Receita Federal que atuaram para investigar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em um suposto esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Em julho de 2024, vazou uma gravação de 2020 de uma conversa entre o então presidente Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem e advogadas do senador Flávio Bolsonaro discutindo um monitoramento desses auditores da Receita Federal.